Há algum tempo que criei aqui, no meu blog, uma nova categoria – A Palavra e seu significado! Esta é uma área que me interessa particularmente, tem muito a ver com o meu gosto pela leitura e, por conseguinte, pela escrita! De forma alguma para mim um tema aborrecido! É normal que, por isso mesmo, pense ter interesse para outras pessoas. Entrementes descuidei-me! Fui-me dedicando a uma outra área, com uma vertente mais pessoal e intimista! Uma vez ou outra, um qualquer episódio do meu dia-a-dia foi aqui retratado e, não é que gostei! Escrever é-me fácil e diverte-me, penso que o faço razoavelmente bem, estou a dizer razoavelmente, note-se, de mais a mais atendendo ao facto de que, não detenho qualquer curso superior de educação! Confesso sem pejo e faço questão, que isso mesmo aqui fique registado! Era o que faltava, tentar iludir alguém a esse respeito! Aqui a miúda, que entusiasticamente, se prestou a colocar nesta pequenina janela, aberta para o mundo, a sua criatividade, é honesta como poucos sabem ser! Bem sei! Bem sei que, de hoje em dia de pouco valor tem, além de que, frequentemente somos confundidos com tansos, neste caso uma tansa, mas de pouco adianta fazer, é um traço do meu carácter, difícil de perder, o fermento que o fez levedar vem lá de trás, da idade da inocência! Gosto de por aqui andar! Só tenho medo de uma coisa – que a língua se me solte mais do que seria, nestas circunstâncias recomendável, até porque a minha identidade encontra-se acessível a todos os que visitam o meu espaço! Nem outra coisa poderia ser! Detesto o anonimato! Exceptuando umas cenazitas em criança e os assaltos extremamente raros, com pena minha, diga-se, porque deveriam ter sido bem mais, já que eram sempre reduzidos a uma pequena moeda, que executei sobre a carteira do meu pai, que me abandonou numa viagem sem retorno, quando eu contava 14 anos, nunca toquei em alguma coisa que não fosse minha, com intenção dela me apropriar! Nada devo a alguém, exceptuando ao banco, claro, mas dever ao banco é normal, além de angustiante! Vai-se andando! Para tudo o resto sou inteiramente livre! Para berrar, gritar aos quatro ventos a minha indignação ou fazer o que for preciso para me defender, se houver caso disso! É essa certeza que faz com que não tenha necessidade de me esconder por detrás do pano da hipocrisia! Este texto que se apresenta aos vossos olhos, tem a missão de servir como entrada a uma remessa de uns tantos, que pretendo aqui escarrapachar, se entretanto não melhorar de um maldito rolho que se me enovela no mais profundo das entranhas! Mais tarde perceberão porquê! Desconfio que atingi um limite! Há qualquer coisa em mim, não sei bem o quê, mas suspeito que atingi o ponto para além do qual já estou por tudo!
Agora vou dar continuação à tarefa por mim proposta! Acrescentar à colecção mais umas três palavritas, que embora, enfim, não sejam bem umas valiosas pérolas, sempre dão jeito e compõem um pouco mais o post!
Aguazil
1. Antigo funcionário militar e judicial, de posto inferior. ≈ BELEGUIM, ESBIRRO, MEIRINHO. «olhou em redor de si procurando um aguazil para fazê-lo prender» (CAMILO, Cenas Comtemporâneas, p. 169).
2. Designação genérica de qualquer funcionário inferior de justiça . «os aguazis da vila que vivem de cardar o serrano» (AQUILINO, Terras do Demo, p. 298)
Água-chilra
1. Substância líquida que sai da azeitona desprovida de óleo.
2. Líquido ralo, insípido, desenxabido. A sopa estava uma água-chilra. «Bebi uma água-chilra, delgada como a da fonte» (AQUILINO, Volfrâmio, p. 376)
Ajaezar
1. Aparelhar ricamente cavalos machos, … ornar com jaezes.
2. Pôr ou usar enfeites e ornamentos. ≈ ADORNAR, ATAVIAR, ENFEITAR. «todas essas senhoras que se ajaezam de pedras nas quermesses» (FIALHO, Vida Irónica, p. 227)
Fonte: Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea-Academia das Ciências de Lisboa-Verbo