Foto retirada daqui
“O género de liberdade mais importante, é seres verdadeiro.”
JIM MORRISON
Quando há uns tempos decidi iniciar um novo ciclo na minha vida, que implicou da minha parte uma pausa nestas lides bloguísticas, estava bem longe de imaginar quão longa esta se viria a tornar. O inusitado silêncio a que me votei, tem como causa principal, o impasse em que ainda permaneço, visto que continuo sem possuir dados verdadeiramente conclusivos sobre os resultados da missão a que me propus, situação que de todo me tem tolhido a inspiração. Amorfa e sem alor, por aqui tenho andado, sem vontade nem alento para contar as minhas histórias, pedaços de mim, do meu viver e do meu sentir, que ao que parece, tanto convidam à introspecção.
Por outras palavras, fui, pelo que se pode depreender, acometida de uma grave doença, que tem o feio e desonroso nome de “preguicite aguda”, a qual investiu sobre a minha pobre pessoa com ímpeto tal, que me anulou completamente o garbo, que antes tanto medrava em mim, e que me impelia para a necessidade de escrever e assim prover a necessária actualização deste blog, senão com frequência, pelo menos com alguma regularidade. Contudo, não deixei nunca, de me ir mantendo a par dos acontecimentos que se foram operando noutros blogs, principalmente daqueles a que me sinto ligada afectivamente, na medida em que, em plena interacção uns com os outros, tempos houve, em que chegamos a formar um pequeno núcleo, numa grande comunidade.
Pois numa dessas visitas ocasionais, quis o acaso, que deparasse com um texto, de um desses nossos amigos, que estava a concorrer a um desafio denominado Blogagem Colectiva e cujo tema versa sobre “A Fruta da Minha Região”, uma iniciativa do blog “Aldeia da Minha Vida”, cuja orientação temática está direccionada para o Turismo, por conseguinte, sensível aos valores característicos e intrínsecos das diferentes regiões do nosso país.
O José Pinto, autor do blog Cabeça Web, concorreu com um texto inspirado em ancestrais hábitos alimentares das gentes simples, por isso intitulado de Barrigadas de Fruta, no qual pretendia exemplificar em como antigamente não se comia uma peça de fruta, mas antes cestadas, cabazadas e bornais. Pois bem, de imediato me senti reportada para os tempos da minha meninice, naqueles tempos em que também eu tive as minhas barrigadas de fruta. Poderia ter contado uma qualquer história pitoresca sobre os meus assaltos aos quintais dos vizinhos – que tenho muitas – mas, em vez disso, optei por narrar uma história de família, que não só envolve barrigadas de fruta como também ternura e amor fraternal. E não é que ganhei um livro, o “Guia Turístico Aldeias Históricas de Portugal, da autoria de Susana Falhas, a mesma autora do blog Aldeia da Minha Vida e directora da Olho de Turista, porque o meu comentário foi considerado aquele que melhor representou o espírito da Blogagem?
Para ler o texto do José Pinto e o meu comentário clique aqui
Acerca do Guia Turístico Aldeias Históricas de Portugal tenho a dizer que é uma obra completíssima, muito agradável de se ler, pois para além das informações preciosas para guiar o turista, contém uma componente histórica, que nos elucida sobre as origens e acontecimentos mais emblemáticos da história destas doze aldeias. Para um melhor esclarecimento vale a pena ver o vídeo a seguir:
E para melhor fazer as minhas honras ao prémio que me foi ofertado, até já fiz um bolo – Bola Parda- cuja receita se encontra na página 175 do Guia Turístico Aldeias Histórias de Portugal, e que nos dá conta, que este bolo é característico da aldeia de Castelo Mendo, “terra de gente e comida simples“, que não se fará rogada em “apresentar-lhe um vasto leque de enchidos, um cabrito assado e bola parda“, assim mal se sente à mesa!
E que tal o meu bolo? 😀