Escrito nos Ossos
De
Simon Beckett
Simon Beckett é um jornalista freelancer que tem colaborado com várias e importantes publicações britânicas. O trabalho de jornalista implica, de certo modo, a investigação, pelo que foi motivado a estudar na famosa Quinta dos Cadáveres, no Tennesee, nos Estados Unidos da América. Actualmente vive em Inglaterra.
Escrito nos Ossos é uma obra surpreendente, principalmente, pela perspicácia e inteligência, contida nos diálogos mantidos pelas personagens que lhe dão vida. Uma escassa meia dúzia de páginas, que li ao cabo de um dia de trabalho, numa quinta-feira, mais precisamente, foi suficiente para captar a existência de uma boa e invulgar qualidade descritiva nelas implícita. As consequências foram, como não poderia deixar de ser, a noite do dia seguinte em branco, felizmente fim-de-semana. Li-o, portanto, de uma assentada! A narrativa tem início quando é descoberto na ilha de Runa, numa decrépita e desconjuntada casa, um corpo humano carbonizado, quase reduzido a cinzas. O envio de um perito antropólogo forense, David Hunter, ao local de tão sinistro achado e a crescente suspeita, de que, se tratou de um homicídio, precipitou os acontecimentos. Uma forte tempestade abateu-se sobre a ilha, deixando os seus habitantes sem energia eléctrica, contactos telefónicos ou coisa que os valha. Isolados na ilha, sob um forte temporal e com um assassino à solta, estava criado o cenário ideal para um clima de medo e suspeição, aliado ao facto de, entretanto, terem aparecido mais mortos. Toda a investigação levada a cabo pelo perito forense é descrita pormenorizadamente, o que torna a narrativa bastante interessante. É um constante desenrolar de surpresas que culmina com o seu inesperado final. Quando terminei de ler este livro senti alguma pena… é que estava mesmo a gostar!
Recomendo entusiasticamente a sua leitura, principalmente, a quem julga que não gosta de ler! Nunca se sabe! É um bom livro!