Na cama com o inimigo
“A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar.”
Sun Tzu
Ora aqui está uma boa explicação porque é melhor para nós mantermos uma atitude de indiferença perante a acção de alguém que nos pretende machucar. Pensando bem, para dormir quer-se boa companhia, afinal! 😀
“Dormindo com o inimigo” é um pequeno excerto do livro “O Mestre da Vida” da autoria do psiquiatra, psicoterapeuta, investigador e escritor Augusto Cury.
“Dormindo com o Inimigo”
“Todas as experiências que vivemos no palco das nossas mentes são registadas involuntariamente na memória pelo fenómeno RAM. E, se essas experiências tiverem alta carga de tensão, o registo será privilegiado, ocupando áreas nobres da nossa memória.
Aqui há uma grande aprendizagem a ser feita. Se uma pessoa nos perturbou, prejudicou ou humilhou, e se desenvolvermos raiva, ódio ou medo dela, essa pessoa será registada de maneira privilegiada na parte central de nossa memória, que chamo de MUC (memória de uso contínuo).
Se imaginarmos a memória como uma grande cidade, a MUC seria a área em que mais circulamos e realizamos as nossas actividades profissionais e sociais. Por estar registado na MUC, o agressor participará de grande parte dos nossos pensamentos.
Assim, se achamos que a raiva, o ódio ou a reacção fóbica de afastamento nos livrarão do nosso agressor, estamos enganados. Ele almoçará, jantará e dormirá connosco, pois ocupará a área central da nossa memória consciente e inconsciente.
Consequentemente, ocupará grande parte dos nossos pensamentos, que, por sua vez, afectarão a qualidade das nossas emoções. É por isso que, quando temos um problema, pensamos nele o tempo todo.
Quanto mais aversão sentirmos por alguém, mais essa pessoa ocupará os nossos sonhos e provocar-nos-á insónia.
Lembre-se disso na próxima vez que alguém o frustrar: se não tomar cuidado, você dormirá com ele.”
Se você, estimado leitor, após ter lido este trecho, ainda permanece na disposição de acalentar aquele seu ódiozinho de estimação por aquela determinada pessoa, então, vai-me desculpar a desassobração, a minha frontalidade, mas você é um perfeito masoquista.
Desfaça-se dessa canga e seja Feliz!
Bibliografia
CURY, Augusto. (2011). O Mestre da Vida. Jesus, o maior especialista no território da emoção. Colecção “Análise da Inteligência de Cristo”. Publicações Dom Quixote. Alfragide. pp. 66-67.
