Dia da Mulher
“Na nossa sociedade, as mulheres que derrubam barreiras são aquelas que ignoram os limites.”
Arnold Schwarzenegger
E como hoje é o dia da mulher dispus-me a procurar pela Internet algo que fosse apropriado para celebrar este dia, que tanto poderia ser um lindo poema ou uma bela flor, enfim, qualquer coisa que fosse susceptível de transmitir uma mensagem cabal, contudo, falhei nos meus propósitos, já que tudo me parecia um imenso lamechismo. Entretanto passei-me dos carretos e decidi enveredar por outras vias. O romantismo que aguarde por outras ocasiões mais apropriadas, porque o dia da mulher quer-se para o divertimento e boa disposição, e é imbuída com esse espírito que ofereço a todas as mulheres a nova versão da história do príncipe encantado, agora adaptada aos novos tempos.
A verdade é que as histórias infantis do antigamente já pouco ou nada dizem às crianças, porque hoje a realidade é outra, o que os pais mais querem é que uma filha estude e alcance a realização profissional, o mesmo será dizer, que conquiste a independência económica, que o resto vem depois, pouco lhes importa se a filha sabe ou não estrelar um ovo. Ainda que o possa parecer não existe da minha parte quaisquer laivos de feminismo ao publicar assim um post, todavia não aceito de forma alguma os papéis definidos pela mentalidade tacanha de antanho. MULHERES divirtam-se pois!
O Príncipe Encantado
“Era uma vez… numa terra muito distante…uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima.
Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico…
Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito.
Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa.
Um beijo teu, no entanto, há-de transformar-me de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.
A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre…
Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
– Eu, hein?… nem morta!”
Luiz Fernando Veríssimo
“Não sou, nem devo ser a MULHER-MARAVILHA, apenas uma pessoa vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa… uma mulher.”
Lia Luft
“Me nego a viver em um mundo ordinário como uma mulher ordinária. A estabelecer relações ordinárias. Necessito o êxtase. Não me adaptarei ao mundo. Me adapto a mim mesma.”
Anais Nin
“Toda mulher tem no seu íntimo uma magia própria de fazer acontecer, de dar um jeito, de dar o peito, dar um colo, de fazer bem feito.”
Carolina Salcides
Março 8th, 2010 as 14:22
O príncipe não era nada parvo, não senhor.
Eu também queria ser príncipe, aliás fui, quando a mãe Julia entrava com os “carcanhóis”, tratava da roupa e enchia a marmita, e eu levada vida de”valdivinos”, depois coloquei aliança no dedo, nesta altura já são duas, fiz ares de senhor e lixei-me.
Limpo a casa e lavo a loiça, corto a relva, aparo as sebes, estou velho e cansado e as princesas quando me miram, devem falar com os seus botões.Que príncipe mais “pindérico”. Mas não esqueci, agora que os príncipes fazem parte da república, de comprar uma flores para a minha princesa.
jinhos
Março 8th, 2010 as 17:03
Se é meu o dia também. Se está um frio de rachar, então “bora lá” mais achas para aa fogueira.
Um dia um rapaz perguntou a uma rapariga se queria casar com ele, a rapariga disse que não e viveu feliz para sempre:
Sem lavar, sem cozinhar, sem passar a ferro. Saindo com as amigas. Dormindo com quem lhe apetecia. Gastando o seu dinheiro conforme lhe apetecia e sem trabalhar para ninguém.
FIM
– O problema é que de pequeninas, não nos contavam estas histórias…vinham sempre com a história do príncipe no cavalo branco e blá-blá-blá-blá……..
Março 8th, 2010 as 22:39
Olá Milu
Achei graça ao episódio do Príncipe Encantado. A proposta que ele (rã) fazia à princesa não era nada má. Ela, porém… “cantas bem, mas não me alegras!”
Reconheço que o Dia Disto e o Dia Daquilo, em todos os Dias do ano, pode começar a banalizar o Calendário. No entanto, em muitos casos é uma boa oportunidade para pôr toda a gente a falar sobre problemas adormecidos na sociedade. Isso já á bom.
Celebrar o Dia da Mulher continua a fazer sentido. Estudos sociais provam que, apesar de as leis laborais não discriminarem a Mulher, a diferenciação continua a pratica-se de forma encapotada em muitos sectores, nomeadamente nos casos de previsível maternidade das candidatas ao emprego. Infelizmente!
Assim sendo, viva o Dia da Mulher!
Beijinhos.
Março 9th, 2010 as 19:02
Para ti mulher e mãe
cuja escrita apreciamos
um bom-dia como convém
no próximo comemoramos
Um beijinho
Raul
Março 9th, 2010 as 22:30
Mulheres! Mulheres! Mulheres cheguei!
Eu gosto de algumas mulheres e também gosto apenas de alguns homens!
Eu sou filho de uma mulher e neto de mulheres.
Eu sou homem de uma mulher e pai de uma mulher!
Elas são mulheres, eu sou homem! O que é que tem?!
Um abraço sem quotas descriminatórias
Março 10th, 2010 as 0:07
Olá Zé
Fizeste-me rir de divertida, mas logo fiquei também comovida quando revelaste o filho que foste. Considero esse teu comportamento normalíssimo, até porque se assim foste foi porque a tua mãe, Júlia, numa atitude de condescendência, o permitiu, no fundo ela era feliz tratando das coisas daquele filho tão passado da cabeça. Também sou mais ou menos assim com o meu filho, quase tudo lhe perdoo e arranjo desculpas até para o indesculpável, a verdade é que não me esqueço das juras e promessas ainda que mudas, que lhe fiz quando o vi pela primeira vez, muito embora naquela altura me tenha esquecido que ele viria a desenvolver a sua própria personalidade e que, de certa forma, me dificultaria o extremoso cumprimento das minhas tão fervorosas juras. Mas um filho é diferente de um companheiro, que é isso que tem por obrigação de ser – um companheiro – para o que der e vier!
Um beijinho
Março 10th, 2010 as 0:52
Dida
Por aquilo que nós duas já “falamos” pude perceber que tiveste circunstâncias de vida substancialmente diferentes da minha. Pois liberdade tive quanta quis tomar. E, na verdade, nem outra coisa poderia ser! Se em criança tanto andei ao Deus dará, por não ter quem tomasse conta de mim depois de sair das aulas, porque carga de água é que depois me haveriam de cortar as asas!? Quem não tiver sido desde cedo habituado a certos cuidados, um dia chegará em que esses cuidados já não farão qualquer falta, nem sequer serão desejados. A minha adolescência foi, portanto, vivida com toda a largueza. Mas também é verdade que isto só foi possível porque eu já tinha as minhas ideias formadas há muito tempo e que em nada coincidiam com os desígnios da minha mãe, que me desejava à sua imagem, desejos bem modestos digo-te com toda a franqueza, pois não me lembro de alguma vez a ter visto sentada a descansar. Levou uma vida inteira a trabucar, primeiro no emprego e depois em casa, assim mal nela entrava. Ao domingo, para variar, lá ia à santa missinha. Se por algum inesperado acontecimento este a impedisse de ir à missa, era vê-la durante todo o dia atormentada, até parecia que havia cometido um sacrilégio. E eu, tudo isto observava ao mesmo tempo que pensava: Diabos me levem se para o meu futuro vou querer uma vida destas! Pois não a tive, apesar de na minha vida nem tudo ter sido rosas. É que sou daquelas pessoas que doa o que doer dobrar a coluna vertebral é que não.
Como tu e até certa altura também fui educada para o casamento, se assim posso dizer, costumavam-me oferecer pelas datas especiais peças de roupa para o lar, que a minha mãe guardava numa arca lindíssima, que me havia comprado para nela acondicionar o meu enxoval. E eu, mal ouvia esta palavra – enxoval – até estremecia de horror, por isso ia-me às peças, que me haviam sido oferecidas e punha-as ao uso, como por exemplo as toalhas de banho. Quando a minha mãe dava por isso já era tarde. Essa arca, de madeira exótica, ainda anda por lá a rebolar em casa da minha mãe! Para mim, aquela arca era um símbolo, mas um símbolo que eu aliava ao modo de vida daquelas mulheres que eu conhecia, e cujo modo de viver, de forma alguma, preenchiam o meu imaginário. Mas reconheço que naqueles tempos as raparigas sonhavam diferente de mim, isto é, sonhavam com o dia em que iriam vestir um longo vestido branco. Por fim, cada um de nós é o resultado das experiências vividas.
Um beijinho
Março 10th, 2010 as 9:39
Olá Milu
Gosto de comentar os seus artigos, é uma maneira de fazer saber que os leio, mas deste pouco tenho a dizer, digamos, que o tema me passa ao largo. Não simpatizo com os dias com dono, sejam eles da criança, da mãe, do pai, dos avôs, do homem (este não há! Pois não?) ou da mulher.
Para mim, todos os dias são de todos. Todavia, reconheço algumas virtudes nas comemorações destes dias dedicados. Pois nalguns casos, trazem ao conhecimento, acontecimentos de relevo na história da humanidade. Como é o caso da luta pela igualdade da mulher.
Pelas mulheres, tenho tamanha consideração que não a consigo expressar, mas não menos pelas crianças, pelos idosos, por todos afinal.
O dia da mulher, também é um dia especial para mim, início com um beijo à minha, porque ela faz anos, e não devemos esquecer o dia de aniversário da nossa mulher.
Um beijo
Março 11th, 2010 as 0:15
Olá José Pinto
Príncipes como aqueles estão em vias de extinção. Actualmente e salvo raras excepções as mulheres têm a sua profissão que muito dignificam, por isso deixou de ter sentido que as tarefas domésticas tal como tratar da casa e dos filhos, sejam consideradas mais uma obrigação e dever da mulher do que do homem. Não há qualquer cabimento em propagar este hábito, ainda que profundamente enraizado, tendo em conta que os dois estão empregados. É preciso ver que os tempos não são mais os mesmos! Contudo, ainda existem muitas mulheres que consideram as tarefas domésticas como uma obrigação delas próprias, porque nas suas relações é isso mesmo que observam, seja com a mãe, seja com as irmãs, enfim, vivem resignadas. Quanto à discriminação, no meu emprego disso não me posso queixar, já que as mulheres ganham o mesmo que os homens, desde que desempenhem a mesma função, quanto às grávidas nunca percebi que estas fossem alvo de injustiças. Também é verdade que, actualmente, não deve ser nada bom para o prestígio de uma empresa ser acusada de querer passar por cima dos direitos de uma mulher grávida, se tivermos em conta as recentes políticas do governo, que visam incentivar o crescimento da taxa da natalidade, ainda assim nem todos os empresários são sensíveis a esta causa.
Embora não atribua grande importância a datas gosto deste dia, o dia internacional da mulher, porque chega a ser engraçado ver nos restaurantes grupos enormes de mulheres, que brincam umas com as outras e riem de satisfação. No fundo, depois de centenários de discriminação e amargor, este dia é bem merecido. Também acho graça quando percebo a inveja fingida dos homens, porque nesta reacção é perceptível um sentimento de cumplicidade que considero muito sadio!
Um beijinho.
Março 11th, 2010 as 19:26
Boas malhas. Agora postas de mês a mês?
Beijinhos
Março 12th, 2010 as 21:23
Miluzinha,
Gostei muito desta sua homenagem como sempre criativa ao Dia Internacional da Mulher. E vi que citou um texto de Veríssimo, um de nossos melhores escritores.
Eu resolvi, no dia 08, fazer uma ‘homenagem’ diferente, pois postei um texto sobre Maria Bonita, mulher de um ‘anti-herói’ brasileiro, o Lampião: http://joserosafilho.wordpress.com/2010/03/08/maria-bonita/
um bjo.
Março 15th, 2010 as 0:59
Olá Milu
Tenho notado a falta das tuas postagens de tal maneira que vim agora na esperança de algo novo e afunal já tinhas escrito há dias…mas ainda a tempo de te ler com prazer e deixar um grande beijinho
Março 21st, 2010 as 22:13
Espero que a ausência não seja forçada.
Um beijinho com um 🙂
Março 30th, 2010 as 21:03
Milu
mas mais do que falar só da mulher… é falar do ser humano. As divisões é que têm alimentado as diferenças.
beijo
Abril 2nd, 2010 as 13:22
Olá Milu
Espero-te bem!
Um beijo
Abril 3rd, 2010 as 10:20
Olá Milu
Passei por aqui para lhe desejar uma Páscoa Feliz.
J. Pinto
Abril 3rd, 2010 as 14:53
Olá Milú
Pensavas que me esquecia de ti? Nanananana
Não falas, mas escutas nem que não queiras.
Tem um fim de semana se possível retemperador.
Que seja feliz e te faça sorrir.
Beijinho
Abril 3rd, 2010 as 21:26
Linol
Por enquanto terei de postar mais espaçadamente, tenho outras coisas em mãos, que me roubam o tempo e que pretendo levar por bom caminho.
Um beijinho
Abril 3rd, 2010 as 21:28
José Rosa
Quando escolhi este texto lembrei-me que também irias gostar, principalmente pelo pormenor de ser da autoria de um talento brasileiro. Nós, sempre gostamos do que é nosso!
Um beijinho
Abril 3rd, 2010 as 21:32
Lilás
Ando um bocado afastada destas lides, mas é por boas razões, são sonhos meus. Agradeço muito as tuas palavras tão simpáticas.
Um beijinho
Abril 3rd, 2010 as 21:39
opolidor
Constato muitas vezes que as diferenças ainda são muitas e algumas delas permanecerão forçosamente, afinal um homem e uma mulher não podem nunca desempenhar papéis totalmente iguais, contudo também me apercebo que actualmente já ninguém olha para as diferenças com o mesmo olhar de antigamente, quer queiramos quer não, águas passadas já não fazem andar moinhos. Agora poucos são os pais que pretendem educar os filhos de formas diferentes, consoante seja rapaz ou rapariga, o que logo à partida faz diminuir as diferenças que num passado ainda recente fomentava a discriminação.
Um beijinho
Abril 3rd, 2010 as 21:42
Mário
Estou bem, na medida do possível, é certo. Mas esta minha ausência não se deve, felizmente, a razões desagradáveis, muito pelo contrário, ando ocupada com projectos que muito gostava que me levassem mais longe.
Um beijinho.
Abril 3rd, 2010 as 21:43
José Pinto
Muito obrigada pela sua lembrança, também lhe desejo que tenha uma Páscoa muito feliz, assim como a todos os que lhe são queridos.
Um beijinho.
Abril 3rd, 2010 as 21:49
Dida
Obrigada por te lembrares de mim, desejo que tenhas também, junto das pessoas que mais amas, uma Feliz Páscoa. Quanto ao fim de semana duvido que vá ser retemperador, já que ando a dormir mal que se farta! Só consigo adormecer ao raiar do dia, mas assim não pode ser, pois quando me levanto estou tão bêbeda de sono que mal vejo! Eu sei que estou a ficar pitosga mas dormisse melhor, que também via melhor, penso eu!
Um beijinho.