As minhas broncas
“Quanto mais velho o apito, mais doce é a música.”
(Papa Paulo VI)
Ehehehe!
Hoje é o dia do meu aniversário, e como tal, não quis deixar passar em branco esta data memorável, aqui me tendes, pois, com mais uma das minhas histórias, que sempre acompanho com algumas divagações, que mais não são do que o fruto do espírito que me ilumina.
Já lá vão 49 anos, mas mantenho ainda alguma da irreverência que caracterizou a minha juventude, pois custe o que custar, não costumo amochar, nem dobrar a espinha dorsal, assim sem mais nem menos. Seja consequência dos anos que por mim já passaram ou antes a tal irreverência que traça a minha personalidade, o certo é que em vez de me ter tornado condescendente e tolerante, dou por mim a sofrer de uma crescente falta de paciência para com a estupidez, a falta de honestidade e hombridade de certa gente.
Pode parecer desapropriado, que num dia destes, que se deseja festivo, eu venha para aqui com tais desabafos, mas a verdade é que já estou naquela idade em que se deixa de achar graça ao dia do aniversário, além disso, estou a ver se mato dois coelhos com uma única cajadada, isto é, pretendo dar sinal de vida neste dia, do meu aniversário e, ao mesmo tempo, dar continuidade ao post anterior, no qual prometi publicar um insólito e inesperado e-mail, que recebi na minha caixa de correio, e que durante algum tempo abalou o sossego e o ramerrame do meu viver. E o caso não era para menos, afinal, aquele e-mail funcionou para mim, como um prenúncio de aborrecimentos que se avizinhavam, ameaçando a calmaria dos meus horizontes. Senão veja-se:
Tudo teve origem na falência do condomínio do meu prédio, cuja administração foi tomada pelos condóminos após se ter verificado que não havia mais condições para manter a contratação da empresa especializada no ramo. Uma vez a gestão do condomínio por nossa conta, houve alguém que teve a ideia peregrina de aproveitar o ensejo para melhor aconchegar as brasas à sua sardinha, os outros que se lixassem, e vá de sugerir algumas alterações, numa das quais se pretendia que a prestação do condomínio passasse a ser paga em quotas de valor igual para todos, independentemente do valor da permilagem das fracções. Tudo seria muito bonito, se com esta medida, eu não visse a minha quota agravada, enquanto alguns outros iriam ver a sua aliviada exactamente no valor correspondente, apesar de os seus apartamentos terem o dobro das dimensões do meu. Como não me deixei levar na esparrela e até fui a única na barricada do contra, num universo de 12 condóminos, podem imaginar as cenas que tiveram lugar, nem as mulheres, que foram duas, foram capazes de comigo serem solidárias, em vez disso, olhavam-me com um semblante que reflectia a mais profunda indignação. Mais tarde, quando eu pensava que não mais tentariam outro arremedo susceptível de lesar os meus legítimos interesses, eis que decidiram fazer uma nova investida, desta feita acerca do empreendimento da pintura do prédio, cujo valor queriam, à viva força, que fosse pago em partes iguais por todos os condóminos. Mais uma vez tive de puxar dos galões, e deixei bem claro que à má fila de mim ninguém leva nada, atitude que me valeu rodas de filha da puta! Foi isso que um deles, de cabeça perdida, me chamou, quando chegou à inevitável conclusão de que não ia conseguir levar a água ao seu moinho.
Resultado: Dois dos vizinhos não me falam. Que alívio! Um terceiro até parece que tem medo de mim, cumprimenta-me de uma forma arrevesada, melhor seria que passasse sem nada dizer, que isso não me incomodaria, já que saudações não me enchem a barriga. Contudo, nem todos os meus vizinhos estiveram contra mim, apesar de nas reuniões não se terem posicionado declaradamente do meu lado, já que lhes faltou a coragem e a frontalidade que a mim me sobra, tudo por uma questão de quererem manter as aparências, como se todos fossem amigos, que amigos destes dispenso-os, que deles está o inferno a abarrotar. Posto isto, julgo ser compreensível que me tivesse sobressaltado, quando deparei com este e-mail ao qual de imediato dei resposta, numa atitude de conter a borrasca que se adivinhava.
“Cara “Miluzinha”,
antes de mais os meus respeitosos cumprimentos.
Moramos no mesmo prédio mas eu preferia não me identificar para evitar futuras chatices ou situações de constrangimento.
Eu simpatizo com a vizinha e parece-me que sou um dos poucos moradores deste espaço que a “Miluzinha” não abomina.
Desculpe colocar o seu nome entre “” mas acabei de descubrir que assim é tratada ao ser confrontado com o seu blogue o qual aproveito desde já para dizer que é bastante bom tirando obviamente umas referencias que faz a alguns vizinhos…Mas não se preocupe que eu concordo completamente com o que diz.
Tomei conhecimento da existência do mesmo precisamente após um comentário de alguém do prédio que se queixava esta manhã do barulho que alguém faz a teclar durante toda a noite.
Confrontei os dias em que colocou textos e de facto correspondem aos dias em que se ouve teclar no prédio todo pelo que não podia deixar de lhe pedir que sempre que fosse escrever algo saisse do prédio pois as pessoas aqui trabalham e têm que dormir durante a noite.
Quando o fizer espero que não faça depois muito barulho ao voltar a entrar no prédio.
Caso não tenha portátil podemos estabelecer uma hora durante a tarde em que pode escrever à vontade desde que poucas pessoas estejam no prédio para que o incómodo seja os menor possível.
Estava a pensar numa happy hour das 13 e 30 às 14 horas. Que acha?
Certamente que cumprindo estas regras todos viveremos melhor em comunidade.
Agradecia que a vizinha me dissesse algo para que possa ficar mais sossegado.
Obrigado,
o vizinho.”
Estimado vizinho,
Antes de mais agradeço o tom cordial com o qual se me dirigiu para me dar conta de algum mal-estar que diz haver no prédio, devido ao som de um teclar que se prolonga durante toda a noite. Desde já agradeço o aviso, mas acontece que não sou eu, pois tenho portátil e o teclar é praticamente inaudível. Julgo antes que é o meu filho, até porque ultimamente também me queixo, pelo que tenho de fechar a porta do corredor para não ser incomodada, portanto, concordo inteiramente consigo. Para resolver esta situação o ideal seria alguém falar com ele, porque os miúdos tomam mais facilmente um aviso vindo da parte das pessoas exteriores à família, contudo, estou ciente de que o vizinho não deseje identificar-se, resta-me então mostrar ao meu filho este e-mail que me enviou. Quanto à nossa situação como vizinhos e toda a questão referente ao condomínio, toda a gente sabe que estou a exercer o meu direito de cidadania, mas preferem fazer de conta que não sabem de nada, para melhor servir os seus intentos. Todavia esbarraram com alguém que sabe procurar e exercer os seus direitos assim como os deveres e além de mais sou muito casmurra, que é mesmo este o termo. Mas também sou boa pessoa, simples, humilde e esforçada, só não quero é que façam pouco de mim. Por fim vizinho, vou falar com o meu filho acerca deste inconveniente do teclar, pois aqui os vós tendes toda a razão para protestar.
Muito obrigada pela sua atenção.
Afinal não houve borrasca nem constrangimentos com os vizinhos, porque o e-mail que recebi fazia parte de uma tramóia entre o meu filho e o autor do blog MAIL DE UM LOUCO, na qual caí que nem uma patinha! 😀
Maio 3rd, 2010 as 1:43
Antes de mais muitos parabéns cara colega do mundo dos blogues.
Caiu muito bem na brincadeira e acho que resultou num post bastante engraçado mas acho que se eu soubesse do problema que a vizinhança constitui para si teria ido por outro caminho qualquer.
O filho da Miluzinha apenas me pediu para inventar uma situação e só me deu o link do seu blogue.
Não tendo mais informação nenhuma tive que partir de algo que fosse referido por aqui.E foi uma história sobre a dita reunião de condomínio que serviu de base para esta partidinha.
Fiquei contente por ter fair play (já sabia de ante-mão que o tinha) e principalmente que tenha gostado.
Muitas felicidades são os votos do Mário Dias, também conhecido por João Pinto Costa quando não está com um computador à frente.
Maio 3rd, 2010 as 7:43
Minha querida amiga.
Como sempre bebi o texto saído das tuas mãos, com o interior da minha “mona” a trabalhar a 200 à hora, pois sendo Administrador da comunidade onde resido, vejo-me por vezes com embaraços de difícil resolução. Não tenho é certo, pelo menos até agora cretinos dessa natureza.
Todavia, vou compreendendo e medindo a pouco e pouco o que valem, quando pretendem algo que lhes convenha.
O ser humano, é um raio de bicho, complicado como
o diabo. Tive a coragem de em 4 meses despedir 2 empregados da comunidade, que comiam as papas na cabeça a todos os condóminos e agora estou à “rasca” pois se tenho a pouca sorte de arranjar para os substituir 2 calões, sou frito na frigi-
deira,(tipo paelheira)que já está em lume brando à espera do meu deslize.
Como sou homem de coragem e nunca tive medo da confrontação (desde que não seja de pugilato) estou preparado para tudo.
Talvez os ares dos campos do sopé da serra da Arrábida me coloque a cabeça fresca, para ultrapassar este vendaval.
Pois, para ti, força, muita força, porque elas não matam mas moem .
Beijokitas do “jovem” amigo
Maio 3rd, 2010 as 11:53
Olá Milu
Parabéns pelo aniversário. Tudo de bom para si neste dia especial.
Fartei-me de rir com este seu post. Tanto enredo, tanta tramoia, tanta sentido de humor! Por momentos, lembrei-me das velhas máquinas de escrever mecânicas. Que chimfrim! Tinham o condão de, nos escritórios e nas repartições públicas, mostrar quem estava a trabalhar. Hoje parece que estão todos a ver televisão (com o raio dos computadores)!
Um beijo.
Maio 3rd, 2010 as 12:48
Olá João!
Muito obrigada pelos Parabéns. 😀
No seu comentário julgo ter percebido que, de certa forma, se arrependeu de ter seleccionado o tema do condomínio para alimentar o espírito do seu blog, na medida em que foi uma situação muito delicada para mim. Pois bem, pode ficar inteiramente descansado, porque nem tudo o que parece é, se todo este confronto com os elementos do meu condomínio me provocaram alguns aborrecimentos, que provocaram, também é verdade que me cheguei a divertir. No fundo esta ingrata situação permitiu-me observar em detalhe aquilo que o género humano é na sua essência, ou seja, um predador da sua própria espécie. Confesso que até me senti fascinada ao observar os malabarismos de uns poucos que desejavam ardentemente defender a sua própria bolsa, e de outros tantos, que sofregamente se serviram desta oportunidade para confrontarem alguém que os incomoda, porque eu represento a mudança que muitos temem, isto é, aqui quem venceu, com todo o à vontade, diga-se, não foi um homem, foi antes uma mulher, e essa constatação vai doer-lhes pela vida fora. Embora possa parecer, não há aqui da minha parte quaisquer laivos de feminismo ou espertezas, há, isso sim, o discernimento e boa-fé, valores pelos quais pauto a minha conduta.
Felicidades também para si e para o seu blog, que considero de uma criatividade assombrosa e no qual está patente o espírito saudável e traquina dos jovens!
Maio 3rd, 2010 as 13:12
Olá Zé!
O teu comentário expressa bastante aquilo que eu mesma sinto, até me ri, porque a vida é uma comédia! 😀
Mas, meu amigo, quanto maior é a nau, maior é a tormenta! Vale-te em boa medida o facto de estares inserido numa comunidade onde as pessoas terão um estatuto a defender, e como tal, não podem dar-se ao luxo de tomar atitudes que lhes estale o verniz, o mesmo eu não posso dizer, já que quem me rodeia nem sequer tem noção do ridículo das suas próprias contradições. São pessoas capazes de porem os filhos na catequese, para lhes serem administrados os princípios do bom cristão mas, entretanto, os mesmos são testemunhas dos atropelos que os pais infligem aos vizinhos e a quem calha.
Beijinhos aqui desta miúda! 😀
Maio 3rd, 2010 as 18:43
Um grande beijinho de parabéns.
Maio 4th, 2010 as 10:38
Que sejam muitos e muito bons, mas principalmente que a sua soma te seja sempre motivo de orgulho e aos olhos dos mais jovens um símbolo de estima e de respeito, e um exemplo a seguir, eles precisam da nossa experiência para os reconduzir pelas vias menos óbvias mas mais firmes. E nós, teus admiradores incondicionais, precisamos dos teus textos maravilhosos para nos dar mais brilho à alma. Que cada ano seja, por isso, sempre uma nova conquista e uma alegria pessoal. Muitas felicidades, Milu!
Maio 4th, 2010 as 17:21
Olá José Pinto!
Que as pessoas se riam é a minha primordial intenção. 😀
De certa forma, agarro as vicissitudes do quotidiano para delas extrair a comicidade que lhes está subjacente.
Contudo, num dia destes, ao passar em revista aqui os meus escritos, chegou-me inesperadamente ao pensamento, que, afinal, até parece que venho para aqui fazer queixinhas, isto é, acusar tudo e todos, mas logo retemperei, ora bem, se eu sou uma daquelas pessoas que usa como lema – “quem vai à guerra dá e leva” – fica assim desencaixada esta minha impressão de que nos meus escritos se pantenteia o espírito do queixume, porque isso a acontecer configuraria uma incomensurável contradição! Por fim, conclui, que é o lado dramático dos acontecimentos da minha vida que mais contribui para a minha premente necessidade de me expressar, porque são esses acontecimentos que têm sustância, o mesmo se passa com toda a gente.
E se eu tenho queda para explorar essa vertente! Quisesse eu, até faria chorar as pedras da calçada, com relatos pungentes fruto da minha capacidade de esmiuçar o lado negro das coisas. Mas, por enquanto, não o farei, mas olhe que motes para relatos dilacerantes, não me faltam! 😀
Um beijinho e muita obrigada pelos Parabéns.
Maio 4th, 2010 as 17:25
Olá Lino
Bem disseste tu que agora só posto de mês a mês! Deixa lá, são fases! 😀
Muito obrigada pelos Parabéns!
Um beijinho.
Maio 5th, 2010 as 16:37
Olá Milu
Não podia deixar de cumprimentar com os meus parabéns por mais um aniversário. Que tenha corrido o melhor possível a despeito desses problemas de condomínios e das confusões que se geram com mais frequência do que há muito boa gente que imagina.
Quanto a serem muitos anos estamos conversados. De um mal ainda maior me queixo também. Ou não é mal nenhum? Os anos que vão passando podem significar muitas aventuras de vida, coisas agradáveis outras nem por isso. Haja ânimo que é o que não te falta, segundo se constata das leituras que se podem fazer aqui no blogue.
Essa rapaziada é de boa cepa, sim senhora. Que “palpites” heim?
Um abraço
António
Maio 6th, 2010 as 17:03
Olá CyberRider!
Quando li o teu comentário fiquei emocionada. As tuas palavras foram para mim como uma prenda, mas daquelas que gostamos de receber, porque as palavras são poderosas! Muito obrigada!
Já que falaste no exemplo a dar aos jovens, também te digo que defendo a teoria de que o que mais os educa é precisamente a conduta dos adultos. Para eles as palavras e as recomendações leva-as o vento, é antes aquilo que nos vêem fazer que lhes serve como exemplo ou como modelo. Já foram muitas as ocasiões que nas quais pude verificar que isso se passa com o meu filho, facto que me levou a pensar, que se não quero que ele proceda de certa maneira, então eu mesma estou proibida de cometer esses deslizes, ou então, não há moralidade que me valha. Contudo, sou uma acérrima defensora da liberdade, isto é, considero-me inteiramente livre para defender as minhas convicções e pautar a minha conduta de acordo com as mesmas, desde que não incorram em prejuízo dos direitos dos outros. Nem todos se podem vangloriar do mesmo, porque ou não conseguem discernir sobre limites, ou vivem dominados pelo preconceito. Claro que esta premissa sobre a educação das crianças e dos jovens, que tanto tenho como válida não é infalível, mas pelo sim pelo não, melhor fora que sempre fizesse parte dos nossos horizontes. Uma coisa sei, CyberRider, de alguma maneira, o capital de experiência e o sentir que me ficou da minha juventude, até que me permite tirar algumas conclusões, porque nem sequer tenho grande dificuldade em recuar no tempo, e sentir novamente como sente uma criança ou um jovem.
Um beijinho
Maio 6th, 2010 as 17:17
Olá António!
É caso para dizer: Já não se faz gente como a de antigamente! 😀
Digo com muito orgulho que faço parte daquele pessoal da velha guarda, que infelizmente está em vias de extinção, porque já não se cultivam ideais!
Tens razão, os anos somados também significam aventuras somadas, e se eu as tive! Ai tive, tive! Algumas, nem às paredes as confesso! Considero que tive tudo na idade certa! Vivi plenamente e sem amarras a idade do risco e da estroinice, tal como manda a lei, fiz muito daquilo que me apeteceu, agora o meu espírito é outro, no fundo obedece à lei da vida! Continuo com aspirações, mas agora são mais interiores, esforço-me continuamente para crescer no sentido das ideias, olhar em meu redor e compreender as manifestações da mudança que todos os dias se vai operando subrepticiamente. Enfim, pretendo ser alguém atento!
Obrigada pelas felicitações.
Um beijinho.
Maio 9th, 2010 as 21:25
Antes demais e embora extemporaneamente os meus parabéns atrasados pelas tuas 49 primaveras e que estas se repitam por muitos longos anos. Como te entendo minha amiga. Um dos meus maiores desgostos foi passar, a partir do processo de descolonização e da minha chegada a Portugal, a viver num apartamento nos chamados condomínios em propriedade horizontal, isto porque antes ou seja desde o meu nascimento fui sempre habituado a viver em moradias isoladas sem misturas nem inconvenientes. Nos primeiros três anos vive mais a minha família num apartamento alugado mas depois acabei por ter oportunidade de adquiri o meu próprio apartamento. E curiosamente foi na primeira reunião de condomínio que tive o primeiro confronto com um chico esperto licenciado em direito e que estava habituado a impor aos outros a sua vontade e orientação exibindo os seus doutos conhecimentos. Mas mais umas reuniões e e mais uns confrontos e meti o sujeito na ordem. Acabei por ser eu e outro vizinho por proposta minha que assumimos a administração do prédio por vários anos porque antes a experiência da rotatividade deu mau resultado tendo havido dois indivíduos que antes haviam feito a administração metendo dinheiro ao bolso, curiosamente um dos quais como tinha-mos a fracção da porteira devoluta ele sugeriu aquando da sua administração a sua venda e eu expus-me frontalmente acabando por conseguir que outros me seguissem nessa vontade e a fracção não foi vendida mas sim alugada o que nos tem favorecido porque não tem sido necessário agravar as quotas do condomínio. E lá estou eu como sempre a aproveitar as suas deixas para falar das minhas experiências. Mas faço-o porque a minha amiga é da minha têmpera e não se deixa intimidar o que muito lhe aprecio. Obviamente que dispensa qualquer tipo de aconselhamento que eu lhe possa fazer, mas continue igual a si própria e não tema essa gentinha. Olhe eu já deixe por vontade própria a administração que prédio que foi este ano entregue a uma empresa e o resultado está à vista. Mas resta-me a consolação de que tudo o que foi feito em termos de valorização do prédio, obras e reparação e beneficiação, foram de minha iniciativa, embora com a aprovação unânime dos restantes condóminos e sem custos acrescidos para os mesmos. Nesta altura estou-me a ralar para tudo isto inclusivamente este gente ingrata que jamais foi capaz de reconhecer o bem que lhes foi feito. Um beijinho
Raul
Maio 11th, 2010 as 0:29
Olá Raul
Muito obrigada pelas felicitações que tão amavelmente me dirigiste.
Ri-me ao ler o teu comentário, porque o que disseste sobre o teu condomínio em muito se assemelha às circunstâncias do meu! 😀
Tal como tu, também eu nasci e fui criada em casas independentes, pelo que desconhecia de todo os inconvenientes de morar em apartamentos, algo que só vim a conhecer desde que resido nesta cidade.
Antes estive a viver num apartamento alugado, cujo condomínio era pago pelo proprietário, talvez por isso passou-me ao largo esta questão. Contudo, após ter feito a compra do meu apartamento, bem depressa me apercebi dos meandros desta problemática.
Também cá tenho um chico-esperto, que tem a mania de que é orador, fala pausadamente, escolhe as palavras e argumentos, ainda que não repare que estes resultam falaciosos, julga que com aquela sua verborreia consegue neutralizar o espírito defensivo dos outros, vê tu, que até teve a leviandade de traçar um plano de como cada um de nós deveria pagar a sua parte da pintura do prédio, a mesma coisa será dizer que nos estava a ensinar de como deveríamos pagar as nossas dívidas! Dizia ele, que aquele plano contemplava a sua condição particular, que economicamente não era de todo favorável, logo, esse mesmo plano poderia ser aplicável a todos. Isto a mim ofendeu-me! E mais ainda por estar a fazer tábua rasa do factor das permilagens! Mas também o reduzi à sua ínfima insignificância, fazendo-lhe perder o pio, tanto assim foi que nem me fala, e isso, em vez de me incomodar, como acontece a tantos, faz-me sentir, pelo contrário, uma sensação de liberdade plena, porque a verdade é que ao proceder assim, aquele sujeito estabeleceu uma barreira, que lhe impõe limites, que antes nem sequer existiam. Por fim e como não conseguiram os seus intentos, resolveram adoptar uma atitude revanchista, isto é, ninguém faz nada. Felizmente que não tem havido azares, queira Deus que este estado de paz, mas fétida de tão podre, perdure por muito tempo e que não haja necessidade de eu entrar em campo, definitivamente não tenho paciência para aturar gente assim. Como vês, Raul, para alguma coisa serviram as vivências da minha infância, que bem conheces, porque me acompanhas nesta aventura da blogosfera, praticamente desde a minha estreia. É caso para dizer: Com uma infância assim eu só poderia ser assim, ou seja, aguerrida! 😀
Um beijinho.
Maio 11th, 2010 as 13:02
Olá Milú perdi o teu dia mas não te perdi a ti nem ao teu sentido de humor.
Olha que esse teu filho é bem filho de sua querida mãe. Uma bela “bisca”.
Felicidades e uma beijoka sorridente.
Dida
Maio 13th, 2010 as 16:06
Cara Miluzinha…
um beijo de parabens pelos 49… ainda assim bem consercados graças à natureza.
Nada como paga uma renda e mandar às couves os condónimos.
um beijinho
Maio 13th, 2010 as 16:06
perdão “conservados”
vai mais um beijo
Maio 16th, 2010 as 18:45
OLá Milu
Inadmissivél! só agora vim aqui espreitar se ainda existias e me deparei com o teu aniversário há imenso tempo! e agora será que aindas aceitas parabéns após 13 dias?
Também caí que nem uma patinha lendo o e-mail e gargalhei pois apesar de tudo o vizinho tem um bom sentido de humor…e lá veio mais uma das histórias da Milu esta bem actualizada.
Beijinhos grandes
Maio 19th, 2010 as 7:41
Minha boa amiga
Porquê tanto tempo sem escrever?
Por preguiça? não creio.
Textos tão bonitos, tão interessantes, que fazem o regalo dos leitores e saem dessas mãos e dessa cabeça com ideias tão arrumadinhas.
Em nome dos sofredores, aqui rogo pelo menos um texto por mês.
ou queixo-me a sua Eminencia como disse o Sótraques”
jinhos
Junho 4th, 2010 as 0:43
Querida Miluzinha,
Primeiramente mando um forte abraço e um beijo pelo seu aniversário hoje. Muitas felicidades, saúde e que seus sonhos se realizem, são meus votos.
Sobre os problemas com seus vizinhos de condomínio, aqui d´alem mar acontece o mesmo… Viver em comunidade não é fácil, nem aí nem aqui no Brasil.
Seu filho é criativo. Eu , quando fui lendo mais este seu interessante relato, estava acreditando que o e-mail era do vizinho mesmo.
E não estava entendendo nada com relação ao ‘barulho ao teclar’, pois aqui temos notebook e desktop, mas nenhum dos dois faz barulho no teclado que seja perceptível pelos vizinhos.
um bjo.
Junho 23rd, 2010 as 17:54
Miluzinha.
Ainda estás viva? Caramba, ao menos uma palavrita, mas os teus queridos amigos saberem que não os esqueces.
Da minha parte, uma beijoca repenicada na face direita.
Junho 24th, 2010 as 10:16
Olá Zé!
Brevemente darei sinal de que ainda mexo! 🙂
Lembro-me de todos e até já sinto saudades dos diálogos que aqui vínhamos mantendo, mas a vida obriga a interregnos, tem de ser!
Um beijinho!
Julho 9th, 2010 as 17:57
Estive correndo e viajando por aí…sem muito tempo para a Net…mas sempre é tempo…e depois de mais de 2 meses venho dar-lhe os parabéns!!!
Bjos e muitas felicidades…
Agosto 3rd, 2010 as 23:53
Milú.
Já está tudo acabado com êxito ou ainda não? Ou estás à espera que o prof.que fez os exames do 1º regresse do estrangeiro(?).
As propinas já foram pagas? A Independente tem estado fechada, por quem se serviu. ahahah…
beijos
Agosto 10th, 2010 as 8:47
Olá Milu!
Vim aqui para te notificar que foste distinguida na Aldeia da minha vida!
Para espreitar clica aqui:http://aldeiadaminhavida.blogspot.com/2010/08/e-os-premiados-da-blogagem-de-julho-sao.html
Depois gostaria que enviasse para :aminhaldeia@sapo.pt a sua morada para enviar o seu prémio!
E Parabéns!
Bjs Susana Falhas
Agosto 10th, 2010 as 12:26
Olá Susana!
Hoje de madrugada fui espreitar o Aldeia da Minha Vida e, qual não foi o meu espanto, quando vi que o meu comentário havia sido distinguido como um dos que mais e melhor representou o espírito do tema, ainda para mais entre tantos outros comentários. Estou contente, pois claro! Estive no vai não vai para escrever um comentário de agradecimento, mas devido ao tardio da hora, decidi aguardar para um momento mais propício, é o que farei. Estou também a pensar que eu mesma poderei, e já agora, construir um post aqui no meu blog, acerca deste feliz acontecimento, porque tudo isto me foi agradável! Que foi mesmo! Afinal escrevi um comentário onde narrei uma história da minha infância, algo que me dá um prazer indescritível e ainda por cima ganhei um prémio. Que não é um prémio qualquer. Considero a obra ” O Guia Turístico das Aldeias Históricas de Portugal” como uma obra irrepreensível, nada ali foi esquecido, nada resultou do acaso, tudo foi pensado e muito bem pensado! Também daqui vos endereço os meus Parabéns!
Um beijinho.
Agosto 19th, 2010 as 13:53
Milu
Gostava de ler o teu texto na “Aldeia da Minha vida”
Quando foi publicado?
Jinhos
Quando regressas aos teus contos?
O resto está completamente concluído? Resultados?
Mudanças?
Antes quebrar, que torcer.
Jinhs do Zé
Agosto 19th, 2010 as 18:43
Olá Zé,
segue este link e verás o meu comentário, porque é de um texto como comentário que se trata. Tem dois, porque primeiro escrevi um e como estava com pressa fiquei por ali, no dia seguinte fiz outro comentário para melhor complementar a minha história. Foi publicado no mês de Julho, era a blogagem sobre ” A Fruta da minha Região”.
Nem sei quando tornarei a estas lides, tenho andado tão preguiçosa! Acerca daquilo que te falei uma vez, ainda não sei os resultados definitivos mas estou com muita esperança!
Um beijinho.
http://aldeiadaminhavida.blogspot.com/2010/07/uma-barrigada-de-fruta.html#comments