Acordes de um velho amigo

Publicado por: Milu  :  Categoria: Acordes de um velho..., FLAGRANTES DA VIDA

“Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te.”

FRIEDRICH NIETZSCHE

Ao ler os textos dos blogs que visito regularmente e conforme o seu conteúdo, acontece-me amiudadas vezes lembrar-me de uma ou outra situação decorrida na minha vida, que devido a uma qualquer razão misteriosa, jazia entorpecida nos confins da minha memória. Um dia destes, na visita que fiz a um blog, veio-me à ideia um amigo de outrora, daqueles  tempos da minha venturosa juventude. Por vezes, nos meus raros momentos de introspecção, subitamente despoletados por vagas e ocasionais reminiscências, não consigo evitar de me sentir avassalada por um profundo sentimento de nostalgia… Tanta coisa que na minha vida ficou pelo caminho… Amigos, sonhos, convicções e até a faculdade de acreditar. E porque ainda é Natal, achei por bem contar esta história, visto que esta quadra, quer queiramos quer não, propicia em grande medida a que nos deixemos embalar pelo sentimento da saudade, de todos aqueles que um dia fizeram parte das nossas vidas.

Uma vez, o meu saudoso amigo, numa das nossas tertúlias, em que empolgados trocávamos impressões acerca dos livros que recentemente havíamos lido, aqui e ali, intercaladas de acesas achegas sobre os mais diversos assuntos, saiu-se com uma das dele, que me fez rir gostosamente!

Contou-me, então, que um ex-colega, com o qual em tempos havia estudado tinha escrito um livro, no qual se tinha comprazido a dizer mal de todos os colegas do seu percurso académico. Dominado pela curiosidade, esse meu amigo logo tratou de prospectar a tão inusitada obra que, de certa forma, lhe estava a provocar alguma inquietação. Atitude que não deixa de ser compreensível, mal dos nós se algum dos nossos colegas se lembrar de seguir este exemplo!

Já a metade da leitura do maledicente livro tinha sido vastamente ultrapassada quando o meu amigo deu por si a ficar algo agitado.  Temia que  nada ali constasse acerca da sua pessoa!  Se tal acontecesse, significaria que fora esquecido! E, desgraçadamente, ser esquecido é a mesma coisa que ser objecto da total indiferença.  Afinal, bem pior do que dizerem dele a maior blasfémia.

Sentindo-se mais pequeno do que uma pulga e com o amor-próprio bastante amarfanhado, ainda assim, lá foi prosseguindo a leitura, quando perante os seus olhos, surgiu a frase que lhe fez recuperar a auto-estima. De imediato se lhe estampou nos lábios  um jocoso e amplo sorriso! As iniciais do nome desse meu amigo são L.F, então, imensamente divertido havia lido o seguinte: “L.F, sempre bêbedo, mas sempre lúcido!”

E eu ri-me, porque esta afirmação, não andava muito longe da verdade. Onde quer que estejas Luís agradeço-te por teres sido meu amigo.

40 Comentarios to “Acordes de um velho amigo”

  1. Zé do cão Diz:

    Não quero bater o “record” de estar sempre em primeiro.
    Mas a verdade é que cá estou, sem a camisola amarela, mas a cortar a linha imaginária da meta.

    Abri, esta coisa a que chamo máquina e deparo com a imagem de um dos quadros (em serigrafia-devidamente moldurada)que dá vida a uma das paredes do meu quarto, da minha casa da Manta Rota. Seu autor, Salvador Dali. Adquirida, após uma visita à sua casa de Cadaqués. Tenho esclarecido, muitos/as dos meus amigos, que não se trata de uma pintura em que a imagem é a minha “Dona” (tal é a sua semelhança).

    Durante alguns anos por motivos profissionais, almoçava diariamente num restaurante da rua do arsenal, nesta “Lisboa que eu amo”(parece a cantiga),foi conhecendo novos amigos e por esse motivo, a mesa foi crescendo, foi crescendo, chegando ao numero apreciável de 20, e aí, parou, as paredes já não a deixavam crescer.
    Entre eles, chegou-se a nós, um comerciante da zona de S. Paulo, que pouco falava, até ao dia em que a conversa se desenvolveu sobre parabólicas.
    Enchi a peitaça e disse que em minha casa tinha uma, pequeníssima, que me tinha trazido dos EUA e que se via os programas de quase todos os países da AMÉRICA LATRINA. Os que já me conheciam bem, olharam-me desconfiados e com sorriso nos lábios.
    O Senhor Comerciante, ingénuo, acreditou, caiu e pediu-me se eu tinha possibilidades de lhe arranjar uma, ou pelo menos a documentação que tinha acompanhada a minha, para através de algum amigo seu mandar vir uma também para ele.
    Devia ter esclarecido imediatamente o incauto que
    se tratava de uma brincadeira, não o fiz (já foi há tantos anos e estou a até hoje arrependido e com remorsos de o não ter feito, acontece que o senhor quando talvez um mês depois se apercebeu de que tudo não passou de uma brincadeira de mau gosto, não mais procurou aquela mesa de amizade em que as gargalhadas pelo volume da sua sonoridade eram muitas vezes contidas, pelas advertências do dono da casa, pois incomodavam os outros clientes.
    Foi graça que não repeti…
    Desculpa-me de quase todas as vezes contar um conto ao comentar a doçura dos teus textos.

    Uma beijoca grande, grande, destinada à festa de Fim de Ano.

  2. José Pinto Diz:

    Alexander Pope dizia que “suportam melhor a censura os que merecem elogio”. Périer sustentava que “há críticas, e até censuras, que honram mais do que os elogios”.

    O pior que nos pode acontecer é sermos ignorados!
    Continuação de Boas Festas.

  3. congeminações Diz:

    Sem dúvida que sou obrigado a concordar contigo quando afirmas esta grande verdade “sempre bêbedo mas sempre lúcido”. Mais um interessante episódio da
    vida real que partilhas-te connosco, só não concordo
    com a parte final em que agradeces a amizade. Este sentimento quando verdadeiro não se agradece, retribui-se. Continuação dumas boas festas um beijinho deste teu amigo virtual
    Raul

  4. mfc Diz:

    Ser-se esquecido é a pior das ignomínias.

    Que tenhas um grande grande 2010 com tudo que desejas!
    Toma um beijinho.

  5. lino Diz:

    Para mim mais vale ser esquecido do que mal lembrado. Ideias!!!
    Beijinhos

  6. vieira calado Diz:

    Olá, amiga!

    Passei para deixar saudações

    nesta quadra festiva.

    Beijinho

  7. Milu Diz:

    O facto de tu seres quase sempre o primeiro a comentar explica-se bem: 😀
    Acontece que por norma publico os textos já fora das horas consideradas normais para se estar acordado, como trabalho por turnos os meus horários são um tanto libertários, e como tu te deves levantar cedo, pumba, és tu quem faz a inauguração! 😀
    Não fazia a mínima ideia de que esta imagem representa um dos quadros de Salvador Dali, nem sequer a achei muito perfeita, já reparaste que a senhora parece ter o rabo todo “escarvunçado”, isto é, sujo de carvão?
    Ó Zé, eu gosto muito dos teus comentários, porque eles têm vida, transmitem as tuas experiências e o teu sentir. Quantas vezes, também eu, ao comentar nos blogs que normalmente visito, dou por mim a contar episódios inspirados nos textos que vou lendo. Julgo que essa é uma forma muito interessante de participar, porque enriquece a caixa de comentários, tornando o blog mais interactivo.
    Um beijinho.

  8. Milu Diz:

    José Pinto.
    Quanto a mim, não houve aqui uma censura, julgo que foi mais um elogio, afinal, conseguir manter-se lúcido apesar de se estar ébrio não é para todos. Só uns poucos conseguirão esse domínio sobre si. Isto não era inteiramente verdade, até porque a actividade profissional deste meu amigo, não se coadunava com uma situação assim, era mais ao fim de semana, chegada a sexta-feira, ele desatava as amarras que o vinham tolhendo nos outros dias. O livro, no fundo, tinha a finalidade de enfatizar, exagerando, as características pessoais do grupo de pessoas visado pelo seu autor.
    No que me diz respeito Périer tem razão, porque já fui alvo de críticas que me souberam muito a elogio, como por exemplo, quando me dizem em tom de censura, que o meu filho é um menino da mamã… Que queriam que fosse? Às vezes determinadas críticas fazem-me lembrar aquela história cujas personagens são o burro, a criança e o velho.
    Também para si desejo a continuação de Boas Festas.
    Um beijinho.

  9. Milu Diz:

    Raul

    Ó Raul tu tens razão, a amizade retribui-se, mas actualmente nem sequer sei o que é feito desse meu amigo. A vida dá tantas voltas, já lá vão mais de 20 anos desde a data em que ele me contou este caso, que achei engraçado, muito também, pela maneira descontraída dele! Eu gostava de estar ao pé dele porque me ria constantemente, afinal, eu era uma jovem danada para a brincadeira. Ainda me lembro de me ter dito que sabia que o filho era mesmo dele, quanto mais não fosse pelo facto de ambos terem a unha do dedo grande do pé igualzinha, isto é, encravada! 😀
    Também para ti a continuação de Boas Festas e um beijinho da amiga Milu

  10. Milu Diz:

    mfc
    Não tenhas dúvidas! Sermos esquecidos é como se não existíssemos, como se tudo o que representamos não valesse nada, um vazio completo. Talvez por isso haja quem diga: Falem mal de mim, mas que falem de mim…
    Um beijinho.

  11. lilás Diz:

    Ser lembrado dessa maneira tem muito que se lhe diga…e cá estás tu Mimi atenta e com esta grande capacidade em contar as estórias mais incrivéis! que o novo ano te continue a dar carradas de imaginação e te traga á memórias muitas das coisas lindas que nos contas.
    Beijo grande

  12. Diamantino Diz:

    O seu blog é viciante, vou-me a ele por vezes, varias vezes por dia. Pena não ter eu jeito para escrever coisas com estética, como você faz, pois também eu tenho bem uma mão cheia de recordações,episódios da minha infância, com cerca de sessenta anos, de uma infância, de certa forma parecida com a sua, de carência material e até efectiva.
    Escreva sempre, gosto muito de a ler, obrigado por me dar esse prazer.

  13. Milu Diz:

    Lino.

    A este respeito, “que mais vale ser esquecido do que mal lembrado”, penso que depende daquilo que motivou a lembrança. Quando cometemos atropelos aos outros, com certeza que não gostamos que se lembrem de nós por isso, mas se se tratar de outras situações talvez não haja assim tanto inconveniente, poder-se-á dar-se o caso de sermos lembrados por algo de singular na nossa vida. Este meu amigo não era propriamente um borracho, um bebedolas, nem poderia ser devido à actividade profissional que desempenhava, que lhe exigia uma postura de credibilidade. A verdade é que ele não era um indivíduo como os outros, bebia bem mas nos fins-de-semana, quando se libertava das exigências da profissão, mas até que sabia beber, daí, o reparo na lucidez, que o pseudo maledicente colega tão bem lhe detectava. Contudo, se fosse eu, não gostava de ser lembrada por este motivo, mas também estou a ter em conta a vertente cultural, porque nem todos são mal lembrados por gostarem de entornar uns copos, estou-me a lembrar por exemplo do poeta Fernando Pessoa, que todos admiramos,ou até de Baptista Bastos, que julgo que o Lino aprecia, visto que uma vez o referiu no seu blog. Li uma vez não sei onde uma entrevista do BB, ou vi, sei lá, onde ele disse que havia deixado de beber porque a bebida estava a começar a interferir na sua capacidade de escrever, isto é, depois de beber tinha alguma dificuldade em lembrar-se das palavras certas para melhor exprimir as ideias. Já agora que estou a falar nele: Gosto bastante de ler as crónicas de BB.
    Um beijinho.

  14. Milu Diz:

    Olá Vieira Calado!

    Retribuo as saudações desejando-lhe a continuação de Boas Festas.
    Um beijinho.

  15. José Rosa Diz:

    Milu,

    Chega mais um Zé agora comentando. Não consigo ser o primeiro, porque o Zédocão sempre chega na frente, mas lá vou eu.
    A citação de Nietzsche no início deste seu conto coincide com a conclusão da leitura de um livro dele que fiz recentemente, O ANTICRISTO. Nada propício, por sinal, a uma época de Natal… Mas de toda sorte gostei do livro.
    Engraçado este seu texto, o final mais ainda “L.F, sempre bêbedo, mas sempre lúcido!”. Acho que cada um de nós se identifica um pouco com esse seu amigo ao mesmo tempo bêbado e lúcido. Mais ainda nessas épocas de festas.

    beijo grande e que o ano novo lhe traga boas notícias e felicidades !

  16. Milu Diz:

    Olá Lilás.
    Tenho a certeza que o meu amigo iria achar engraçado, se por ventura calhasse a ler este meu post. Primeiro porque sempre foi despreconceituoso, sem qualquer problema que lhe apontassem o facto de gostar de enfiar uns copos, segundo e principalmente por eu nunca me ter esquecido deste episódio, que um dia me contou, com o seu jeito hilariante e divertido com a caricatura que dele havia sido feita.
    Um beijinho.

  17. Milu Diz:

    Diamantino.

    Em primeiro lugar agradeço-lhe a sua visita que foi para mim uma honra, por me ter dito que tanto gosta das minhas histórias e que as escrevo bem. Em segundo lugar tenho a dizer-lhe, que ao ler o seu comentário, fiquei com a impressão de que é bem capaz de escrever e contar as suas recordações, ou até, aquelas situações insólitas ou caricatas, que nos vão acontecendo no dia-a-dia. Os textos que aqui lê são, no fundo, o resultado de um trabalho laborioso, vou escrevendo e vou emendando e, além disso, tenho de estar com predisposição para escrever. Apenas as respostas que escrevo nos comentários são fruto do pensamento espontâneo, por isso nem sempre estão escritos da forma mais correcta. Mas nós estamos sempre a melhorar, sempre que estou a ler um livro, tomo bastante atenção como estão colocadas as vírgulas e até a determinadas expressões, para assim aumentar a minha confiança na escrita.
    Mesmo os livros de autores conceituados, antes de serem editados, levam voltas e mais voltas, não pense, portanto, que não tem jeito para escrever.
    Desejo que passe umas Boas Festas!

  18. Milu Diz:

    José Rosa.

    Pronto! Já me fez rir, por ter dito que o Zé do cão lhe tomou a dianteira! 😀

    Vistas bem as coisas até que tive um grande sentido de oportunidade, afinal esta é uma época propícia para se comer bem e beber ainda melhor, logo, este post, vem em momento oportuno.
    Sempre que me falam de livros a consciência dá em pesar-me, porque sei que deveria ler ainda mais, mas tenho andado às voltas com um livro, que finalmente terminei de ler esta semana, agora penso fazer um post com um resumo conforme a minha compreensão. Enquanto não o fizer não consigo pegar noutro livro, é como se me faltasse fazer parte de um trabalho, faço questão de fazer uma abordagem, ainda que bastante simples, de todos os livros que for lendo.
    Um beijinho.

  19. Diamantino Diz:

    A sua pronta resposta e o modo encorajador como a expressou, só revela o quanto extraordinária você deve ser como pessoa, aliás, isso transparece também nos seus textos. Espero que desculpe este elogio, que achará certamente não vir a propósito, mas eu para além de não saber escrever com estética literária e em bom português, sem erros (infelizmente fiquei-me pela quarta classe), também não sou muito sensato a fazer considerações.
    Não tenho a pretensão de escrever as minhas recordações, embora penso que as tenha bem interessantes. sobretudo as do meu tempo de criança. Tenho sessenta e cinco anos, posso dizer que sou do tempo em que as coisas eram muito diferentes das de agora.

    O melhor da vida para si, no novo ano.
    Eu irei lendo e relendo as suas coisas.

  20. Milu Diz:

    Diamantino.

    Fiquei muito sensibilizada e agradeço o seu elogio mas creio não o merecer, porque tal como toda a gente tenho cá as minhas falhas e, pior do que isso, é que já me vai faltando a paciência para nesse sentido me corrigir. Tenho para mim que nos meus escritos, o que mais deixo transparecer é o meu carácter honesto e sincero, pois não escondo, antes enfatizo, a minha origem pobre e humilde, faço precisamente o contrário da atitude mais comum nos tempos que decorrem, que é a apologia do parecer. Cada vez mais não interessa ser-se, basta que se pareça, por isso mesmo tenho momentos em que me apetece renegar este meu carácter, que no lugar de contribuir para o meu bem, tem sido pródigo a granjear-me dissabores, todavia, outros momentos chego a ter, que sinto em mim um orgulho infinito.
    Se tem só a quarta classe, como diz ter, então, abençoada quarta classe. E se isto lhe estou a dizer, foi porque ao ler este último comentário, pude tirar a ilação de que contrariamente ao que me havia dito antes, sabe escrever muito bem. Eu mesma não tenho grandes estudos, deixei a escola quando terminei o Ciclo Preparatório, queria trabalhar, queria ganhar dinheiro porque estava farta de tudo me faltar. Mas, quando cheguei aos vinte anos retomei os estudos e aí verifiquei que até gostava de estudar, o que fiz durante mais alguns anos, contudo, se porventura escrevo bem, não foi na escola que o aprendi, mas antes a ler muito, muito mesmo.
    Também os meus tempos de criança foram bem diferentes dos de agora. Ah, tanta coisa que eu podia falar daquele tempo, olhe, tenho pelo menos uma certeza – foi um tempo que não me deixou saudades!
    Desejo também para si que tenha um Ano Novo verdadeiramente maravilhoso!

  21. António de Almeida Diz:

    Todos temos boas histórias de vida, na infância, adolescência ou idade adulta. Espero que tenha tido um bom Natal e já agora que o 2010 seja um ano em cheio.

  22. Jose Rosa Diz:

    Milu,

    Muito boa a sua idéia de se fazer um apanhado dos livros que vamos lendo. Não tenho conseguido fazer muito isso, mas deveria já que no ZEducando tem uma seção chamada “Baú de livros” que é usada para divulgar obras que aprecio (http://joserosafilho.wordpress.com/category/bau-de-livros/). O “Anticristo” está lá.
    Aguardo então o seu post com seu comentário sobre o livro que leu.

    um bjo,

  23. Zé do Cão Diz:

    Minha querida amiga.
    Aldeiadaminhavida, já lá tem publicado “A Noite de Natal” e outras bem mais lindas de concorrentes. A minha, a meu pedido não entra em concurso.
    se não passar por lá, não tem importância nenhuma.

    «O meu “nino” chegou ontem do Norte da Finlândia para se apresentar hoje na Universidade para fazer o seu mestrado, e amanhã já o levarei à Portela às 7 da manhã para regressar.» estou em pulgas para saber o resultado. Por tudo isto, o Natal da minha casa, foi ontem.

    Beijinhos

  24. Zé do Cão Diz:

    Isto, da idade tem destas coisas. Tinha-me passado.
    La Obra Pictórica de DALÍ, na sua página 91, lá tem a imagem da irmã do Salvador.
    Tendo-a intitulada assim:
    « EL HERMOSO TRASERO DE ANA »
    También: « Muchacha En La Ventana »
    Foi feito em 1925 e Ana Maria y su prima Montserrat
    son las modelos predilectas de Dalí, aparte de ser las que tiene más a mano.

    um beijo

  25. Milu Diz:

    António Almeida.
    Tive um bom Natal, sim. Pelo menos tive o Natal que preconizava ter, sem pompa, simples mas sobretudo cheio de paz e descanso! Para si também um Ano de 2010 cheio de acontecimentos felizes.

  26. Milu Diz:

    José Rosa.
    Registar aqui os livros que vou lendo, através de um pequeno resumo da minha lavra, ajuda-me a memorizar melhor o conteúdo dos mesmos, o que é uma vantagem.
    Brevemente lá postarei, até porque se deixo passar muito mais tempo ainda corro o risco de perder a coragem, além de que já tenho outro livro na fila de espera! 😀
    Um beijinho.

  27. Milu Diz:

    Zé.
    Já fui lá, ao Aldeia da Minha Vida e fartei-me de rir com a tua história, bem que eu precisava de me rir, que este tempo de Inverno deprime-me. Olha o raio da pistola, para onde ela foi cair, fosse hoje e não teria sido a pistola, mas, talvez o telemóvel! 😮
    Esse teu menino não pára e tu em ânsias, mas como te entendo. O meu iniciou agora um curso, se tudo correr bem poderá ser muito bom para ele, no entanto, mantenho-me numa posição de expectativa, já que nunca sei quando tudo pode virar de pernas para o ar. O teu Natal foi ontem mas foi por uma boa causa – o teu filho. O quanto te deves ter sentido feliz!…
    Beijinhos.

  28. opolidor Diz:

    Sempre muito curiosas as histórias vividas, quase sempre; há pessoas que, suponho,devem julgar-se diferentes, quero dizer, acima do defeito que está sempre nos outros.Não sei se será este o caso ou talvez o sentido crítico sem maldade…

    beijo

  29. Turmalina Diz:

    Milu querida…
    acho que o nosso creme de leite são as suas natas, mas me parece que só um pouco mais consistentes.
    Adorei seu texto e percebi que também tenho um amigo assim, sempre bêbado e sempre lúcido…rss…
    Um Feliz 2010!!!
    Bjos

  30. Milu Diz:

    opolidor

    Receio não ter percebido exactamente o que pretendias dizer, mas vou arriscar uma resposta baseando-me na minha intuição. É claro que este comportamento do meu amigo não é aceitável para muitas pessoas, que no fundo, terão outras formas de extravasar ou de sacudir o stress, mas não quer dizer que sejam melhores do que esse meu amigo, até porque há quem em vez de beber tenha amantes, quer homem, quer mulher. Poderia desfiar aqui um vasto rosário de acções que se podem fazer e todas elas condenáveis aos olhos uns dos outros, mas nem é preciso, porque todos nós sofremos dos mesmos males, somos todos feitos da mesma massa. O que eu critico nas pessoas são outras situações, que nada têm a ver com a liberdade individual de cada um. Eu mesma tenho cá as minhas coisas, a minha própria maneira de ser e não abdico de maneira nenhuma de ser quem sou, no intuito de agradar a quem quer que seja.
    Continuação de boas festas!
    Um beijinho

  31. Milu Diz:

    Olá Turmalina.
    Também me ocorreu que o creme de leite fossem as natas que tanto utilizamos, mas, o que me atrofiou foi a referência à lata, e já não é a primeira vez. Acontece que as natas aqui são comercializadas em embalagens de plástico e tetra pak. Mas agora que sei o que é já vou poder experimentar a confecção de algumas receitas que conheço aqui da Internet.
    Um beijinho.

  32. zé do cão Diz:

    Minha amiga.
    Não sou especialista em culinária. Mas tenho quase a certeza de que creme de “leche” não tem nada a ver com natas.

    Mas, amanhã sou capaz de confirmar. Todavia se estiver enganado, não tenho nenhuma dificuldade em pedir desculpas pela intromissão.

    jocas

  33. zé do cão Diz:

    Assim, que virei a página, fiz busca na net, assim:
    COMO SE FAZ CREME DE LEITE.
    e TEM A DEMONSTRAÇÃO FEITA NUM PEQUENO FILME.

    ACHEI-O MARAVILHOSO.

    JOCAS

  34. Milu Diz:

    Zé.

    Não te intrometeste coisa nenhuma, são estes pequenos interlúdios que eu acho importantes na blogosfera, podermos intervir uns com os outros acerca de tudo e mais alguma coisa. Mas olha, que te enganaste, acontece que creme de leite é uma coisa e leite-creme é outra. Julgo que foi a este último que te referiste, também já fui pesquisar e vi num site que se referiam a natas e desta vez contidas num pote de vidro. Imensas vezes havia visto receitas brasileiras que referiam uma lata de creme de leite, como não sabia bem do que se tratava passava à frente, porque há produtos e embalagens que estão institucionalizados dentro de um determinado país. Para os brasileiros é uma lata de creme de leite, para nós é uma daquelas pequenas embalagens tetra pak de natas, pelos vistos!
    Mas obrigada pela tua intervenção, és sempre bem-vindo! Agora vou ter de ir trabalhar, interrompo assim as minhas férias por um dia, tem de ser, porque é importante.
    Vi uma receita de leite-creme que eu nunca comeria nem que me pagassem. Leva 100 gramas de manteiga, credo, para que é tanta gordura?
    Uma beijoca.

  35. Zé do cão Diz:

    Leite creme.

    1,2l de leite
    8 gemas
    casca de 3 limões
    1 pau de canela
    3 colheres (sopa) maisena
    açucar que baste
    Assim faz a minha “Dona”
    Leve um litro de leite ao lume, juntamente com pau de canela e as cascas de limão, até fever. À parte,junte o açucar com a maisena e as gemas. Verta sobre o preparado o restante leite frio, aos poucos e mexendo sempre, seguido do leite quente.
    Leve ao lume, em banho maria, sem parar de mexer, até engrossar. Tire do calor e elimine a canela e asa cascas de limão e se quiser queime com ferro próprio.
    É bom, muito bom mesmo.

    Atenção. Eu de cozinha, sei lavar a loiça, fazer uma codornizes de lamber os dedos e pouco mais.
    jinhos

  36. Milu Diz:

    Este leite-creme é para fazer em breve! Acredito bem que essas codornizes que tu cozinhas fiquem um pitéu de comer e chorar por mais, até porque há homens que cozinham bem melhor do que as mulheres, que estão sempre a poupar nos temperos, enquanto o homem tempera tudo generosamente. O meu pai costumava partir umas febras aos bocadinhos e fazia um refogado do outro mundo. Ainda me lembro de ele pegar no tacho e meter-mo por debaixo do nariz enquanto me dizia para cheirar. E eu cheirava! Sorridente e a olhar para mim dizia então: -Até recende!…
    Depois digo-te o que achei da tua receita de leite-creme. 😀
    Beijinhos.

  37. Vera Y Silva Diz:

    A bebedeira permanente ou mesmo frequente é incompatível com a lucidez. O que se costuma dizer sobre isso não passa de um mito urbano-

  38. Milu Diz:

    Olá Vera

    Antes de mais agradeço-lhe o seu comentário, mas receio não concordar consigo. E porquê? Porque baseada na minha observação, sobre o comportamento das pessoas, pude chegar à conclusão de que quem está habituado a beber consegue ter um maior domínio sobre si mesmo. No caso deste meu amigo sabíamos que ele deveria estar bêbedo devido ao cálculo que nos era possível fazer através do vasilhame vazio, mas, a não ser a sua súbita e crescente inspiração, nada nele fazia perceber o índice alcoólico. E foi exactamente por esta circunstância que eu achei tanta graça, porque o autor do tal livro não poderia ser mais assertivo. E, claro, também o meu amigo se divertiu, tanto que me contou este facto, outro que fosse, mais preocupado com os julgamentos dos outros tê-lo-ia calado certamente!
    Vera que tenha um Ano Novo Especial.

  39. Mário Rodrigues Diz:

    Olá Milu,

    Pois bem. No meu caso, seja pela minha maneira de ser, por deformação ou por formação, tenho a existência cravada de pessoas que passando pela minha vida, foram deixando estilhaços dos seus seres. Muitos deles, são parte de mim hoje. Muitos mais virão, não tenho dúvida! Costumo procura-los…

    Um beijo Milu

  40. Milu Diz:

    Olá Mário!
    É bom lembrar as pessoas que se cruzaram nas nossas vidas e que nos marcaram de uma forma muito grata. Só é pena que estas sejam raras, pelo menos pela parte que me toca foram poucas. Tenho disso consciência. Gente conheço muita, mas verdadeiramente especiais só alguns poucos! E é esses que eu quero sempre lembrar!
    Um beijinho.

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