Comportamentos Adictivos

Publicado por: Milu  :  Categoria: Comportamentos Adictivos, TOXICODEPENDÊNCIA

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“Toda a forma de vício é ruim, não importa que seja droga, álcool ou idealismo.”

 

Carl Jung

 

Resumo constituído por notas retiradas durante a leitura do livro sobre toxicodependência de Isabel Hapetian, intitulado “Famílias Entender a Toxicodependência”. Recomendo a sua leitura para uma melhor compreensão sobre os flagelos da droga.

 

“Normalmente, os pais dos toxicodependentes são os últimos a saber do problema dos filhos e quando são confrontados com a realidade já estes têm alguns anos de consumo” (p. 19).

“Como se a toxicodependência, definida como fenómeno bio-psico-sócio-cultural, não fosse o fruto perverso de uma sociedade que se debate com problemas para os quais não encontra resposta – exploração desenfreada do homem pelo homem, o genocídio e o fascismo. A sociedade que tanto culpabilizámos e que, afinal, mais não é do que a soma de todos nós…” (p. 26).

“Um consumidor de drogas pára de crescer sob o ponto de vista intelectual e fica com a mentalidade que tinha quando iniciou os consumos. Isto acontece porque as drogas travam o seu amadurecimento pessoal e, às vezes toxicodependentes já com 30 ou 40 anos continuam a insistir nos comportamentos típicos da sua adolescência, ou seja, dos seus 14 ou 16 anos” (p. 51).

“São os únicos doentes que não assumem a sua doença e que acham que podem medicar-se a si próprios” (p. 56).

“As regras da vida familiar têm de ser fruto de um consenso se os pais quiserem realmente atingir um objectivo comum que será o de o toxicodependente assumir o seu problema e ter vontade de se tratar” (p. 59).

Quando o toxicodependente assume o seu problema e a responsabilidade dos seus actos, significa que está a um passo da sua recuperação. Por isso, a política do coitadinho é errada e perdoar-lhe as mentiras e os roubos é estimular nele a continuação de comportamentos irresponsáveis” (p. 60).

“Os toxicodependentes são imaturos e faz parte do seu processo terapêutico falar sobre os problemas pessoais e relacionais que deixaram por resolver e que ficaram adormecidos com o consumo das drogas” (p. 61).

“Se ter uma boa auto-estima significa gostar de si próprio, eu diria que o toxicodependente tem uma auto-estima na estaca zero” (p. 64).

“A prova mais evidente da sua dificuldade em se aceitar tal como é no seu todo ou em alguns aspectos da sua pessoa é que se auto-destrói consumindo drogas. E ele sabe-o” (p. 64).

“Por isso é tão importante elogiar a gabar os seus sucessos, ainda que pequenos. O elogio é um estímulo par a continuação do esforço, dá uma grande força e não é de modo nenhum sinónimo de moleza” (p. 65).

“A droga transforma-se no objectivo único da sua existência e as noções de bem e de mal vão-se desvanecendo. Tudo é licito fazer, desde que se arranje dinheiro para a dose” (p. 66).

“O toxicodependente desinveste na pessoa ou pessoas significativas para investir naquilo que a pessoa lhe dá. Ele procura-nos pelo que damos e não por aquilo que somos” (p. 66).

“É esta relação de paixão com a droga que os pais terão de entender em toda a sua profundidade, se pretendem ajudar os filhos a libertarem-se dessa prisão” (p. 66).

“O toxicodependente sente-se frustrado porque não consegue realizar nenhum dos seus sonhos, «agarrado» como está a um produto que é a essência da sua vida e que não lhe dá espaço nem tempo para realizar seja o que for” (p. 67).

“Para o consumidor dependente, qualquer frustração, por pequena que seja, funciona como obstáculo intransponível” (p. 67).

“Os pais podem e devem sempre negociar determinadas regras e questões com o toxicodependente desde que tenham o cuidado de verificar que aquilo que se combina é razoável e susceptível de ser cumprido. E depois, é preciso verificar se aquilo que se combinou foi cumprido ou não (p. 68).

“«Neste mundo só há duas tragédias. Uma dela é não conseguir aquilo que se quer, a outra é consegui-lo».”

Oscar Wilde

“É o tempo que dedicamos a viver plenamente que torna a vida tão importante. São as pequenas coisas do quotidiano que fazem com que a nossa vida valha a pena. Esperar que aconteçam grande coisas para ter prazer dá-nos sempre hipótese de perder a jogada da vida” (p. 76-77).

“Solidão pode definir-se como a incapacidade de «ter o outro em nós». Quando os outros não nos enchem e nos preenchem fica um vazio. Enquanto nós procuramos vencer o sentimento da solidão indo ao encontro dos outros, na vida real ou através das nossas memórias afectivas, o toxicodependente enche esse vazio com a droga. Por outras palavras, droga-se para «encher a cabeça», utilizando uma expressão frequente na sua boca.

Assumindo um comportamento reprovável que a todos desagrada, ele é, no entanto, impotente. Odeia os outros porque o odeiam a ele. Amigos não tem. Apenas os companheiros de consumo, os penduras e os dealers se aproximem dele. Não para o confortar ou acolher mas para, ainda que esteja à morte, se aproximem dele e do lucro que dá, do que eventualmente vende pelo preso irrisório de uma dose, do que é capaz de fazer e daquilo em que colabora para arranjar dinheiro. O contexto em que o toxicodependente se obriga a viver para dar satisfação aos seus consumos é como um reflexo do seu mundo interior. A sua atitude face aos outros, que o leva a servir-se deles (mentindo, manipulando e roubando), resulta num abandono sistemático da sua pessoa. Passa a ser o agressor, o facínora, aquele que convém não ver e por quem se deve passar ao lado” (p. 78).

“Há momentos em que é ainda possível romper essa barreira que se ergue entre o toxicodependente e os outros, e comunicar. Falar com ele e escutar o que nos diz é importante porque mantém de pé uma ponte e torna sempre possível a hipótese de tratamento. Comunicar não é monolugar e dar «sermões» ou «secas» (como eles dizem…) mas é, sobretudo, ouvir sem emitir juízos de valor e sem se deixar manipular” (p. 79).

“Comunicar não é:
– Policiar
– Inquirir
– Ralhar
– Dar sermões ou secas
– Controlar
– Interpretar/julgar

Comunicar é:
– Ouvir atentamente
– Observar
– Pôr-se no lugar do outro
– Exprimir os seus sentimentos com sinceridade
– Dar afetos

A raiva é o sentimento resultante da avaliação que fazemos das pessoas e dos acontecimentos. É como que uma lente pessoal através da qual as coisas passam a ter determinado sentido que não é o sentido objectivo mas o sentido que a nossa subjectividade dá a essas pessoas e acontecimentos.
A raiva que os pais sentem e que dirigem contra o filho que não se quer tratar, contra as instituições de tratamento que não dão a resposta esperada, contra os outros que não os entendem e contra si próprios porque se sentem culpados, tem eco no toxicodependente.

O mal-estar que a raiva lhe provoca não é passivo e, muitas vezes, exterioriza-se na lágrima fácil, numa grande agressividade, no insulto, no palavrão, no pontapé que se dá na porta, no murro nos queixos que se dá a alguém. O motivo da raiva pode ser inconsciente e, muitas vezes, uma parte importante da ajuda a prestar ao toxicodependente é o de levar à identificação do porquê e do objecto ou objectos dessa raiva” (p. 80-81).

“O tédio tem duas vertentes, a física e a psicológica e traduz-se na prática, por uma amotivação para fazer seja o que for, um mal-estar que não se localiza mas que atinge a pessoa, como um raio, na sua globalidade. Que pretende atingir o toxicodependente através da droga? Além do produto ou produtos que consome, haverá situações ou factos que lhe provocam bem estar? Se a droga lhe «enche a cabeça» porque permanece insatisfeito? Muito provavelmente, se não é já o prazer que ele procura, é, pelo menos, não sentir o desprazer e o tédio. Ora a procura do prazer é semelhante à procura incessante que o ser humano faz da felicidade. Quando, finalmente se atinge, ela foge-nos da mão. Muito provavelmente, enquanto procuramos exclusivamente o prazer e a felicidade, estaremos a seguir o trilho errado” (p. 82-83).

“Como diz Harold Kushner «A felicidade é uma borboleta – quanto mais a perseguires mais ela voa e se esconde». Mas pára de a perseguir, põe de lado a rede e ocupa-te com coisas mais produtivas do que a busca da tua própria felicidade, e ela virá furtivamente pousar no teu ombro” (p. 83).

“O toxicodependente não tem realmente prazer em nada do que faz. Tendo experimentado um prazer muito forte – a droga – é como se ficasse insensível a todos os outros” (p. 84).

“Como age o toxicodependente?

– Se a maioria das pessoas, face ao contexto em que vive e às pressões a que está sujeita, age antes de pensar, com mais razão o faz o toxicodependente para quem o imediatismo é regra de vida. Partindo deste pressuposto básico, é importante pensar no facto de, apesar de não ser um irresponsável e de não dever ser tratado como tal, o toxicodependente, agindo sem pensar, age muitas vezes mal. Fazer coisas impróprias ou inadequadas não significa que a pessoa seja má. É o acto que é reprovável e não a pessoa.

A partir do que atrás foi dito, poderíamos tentar sistematizar a forma de actuação do toxicodependente da seguinte maneira:

– É irreflectido
– É mentiroso. Mesmo havendo momentos em que é sincero quando promete cumprir determinadas regras, o que é facto é que raramente as cumpre.
– É manipulador. Joga com os afectos e, se puder dividir as pessoas, fá-lo sempre em proveito dos seus objectivos.
– Age com frieza – traça o seu plano e não olha a meios para atingir os fins.
– Não procura os amigos que o podem proteger dos consumos. Pelo contrário, como estes já desistiram de o acompanhar nas suas saídas à Musgueira, ao Casal Ventoso, e outros lugares afins bem como de lhe emprestar dinheiro, já «não servem».
– Rouba e vende tudo. De outra forma como poderia manter os seus consumos que, em casos mais graves, variam entre os trinta e os cinquenta contos por dia?
– Pede dinheiro emprestado. Há sempre alguém que tem pena. Para dar um tom mais verídico à sua história inventa que perdeu a carteira e tem de apanhar o comboio para… ou que ficou sem gasolina para a moto e não tem dinheiro… etc.
– Usa a casa e as coisas tal como usa o seu próprio corpo e usa os pais para atingir os seus próprios objectivos. Assim, o acto de comer, como o acto de dormir são actos mecânicos. Come porque tem de comer e dorme porque tem de dormir. «Curtir» a refeição, apreciar o momento do sono, um programa de televisão ou outra coisa qualquer não fazem sentido. A única «curtição» que conhece é a droga.
– Desleixa-se. Isto acontece sobretudo na 3ª fase dos consumos. Higiene duvidosa, calças e t-shirt a fugir para o sujo. Normalmente, a roupa boa vai desaparecendo, vendida na Feira da Ladra ou na esquina das ruas a quem tem menos escrúpulos…
– Está sempre irrequieto. Nada o entretém, nunca está tranquilo a apreciar seja o que for. É o primeiro a ir para a mesa e o primeiro a levantar-se. Essa inquietação vem-lhe de uma preocupação fundamental: – Como arranjar dinheiro para a droga!” (p. 85-86).

“(…) a dignidade do homem não está na sua resistência e na boa forma física mas no uso da razão e da liberdade de que os estupefacientes os privam” (p. 95).

“Fármacos contendo benzodiazepinas – A denominação destes fármacos na gíria dos toxicodependentes é “drunfos”. “Drunfar” é estar sob efeito destes medicamentos” (p. 96).

“Dizer que o haxixe faz os olhos ficarem raiados de vermelho, que a fala arrastada é ocasionada pelos drunfos e que o pingo do nariz acontece quando se snifa a cocaína é arriscado. Isto porque, quando estes e outros sinais evidentes de consumo de drogas se manifestam, houve já uma série de sintomas menos evidentes e que têm a ver com mudanças de comportamento, como sejam o isolamento, a mudança súbita de amigos, as conversas em segredo ao telefone, os insistentes pedidos de dinheiro, as faltas e atrasos na escola, a diminuição do rendimento escolar, o incumprimento das regras e tarefas familiares, as estadas prolongadas na casa de banho, etc.

A mudança de comportamento é realmente um sintoma muito importante. Mas como a adolescência é uma fase da vida do jovem caracterizada por grandes mudanças a nível fisiológico e psicológico há sempre o perigo de os pais confundirem certos comportamentos que são típicos do adolescente com o consumo de drogas. O que posso aconselhar aos pais é que estejam atentos, que não sejam polícias mas que, em contrapartida, não sejam anjinhos” (p. 106).

“Quando se faz uma desintoxicação ou desabituação física, o organismo volta a reagir às pequenas doses mas, progressivamente, e num ritmo cada vez mais acelerado, regressa aos grandes consumos. É por isso que muitos toxicodependentes pedem com desespero uma desintoxicação. Podem não estar interessados em parar os consumos mas apenas em gastar menos dinheiro” (p. 110).

“Há jovens que experimentam drogas e deixam. Porquê? Muito provavelmente porque se sentem bem com eles próprios, porque têm outros motivos de prazer e de gozo nas suas vidas. Mas há outros que se sentem bem com a droga; descontraídos; desinibidos, usam-na ocasionalmente, nos concertos rock, nas discotecas, nas festas dos amigos. Do uso regular à dependência é um passo. Uma vez instalado, o consumo da droga deixa de ser uma questão de escolha e passa a ser uma questão de compulsão (p. 114).

“Enfatizando 3 aspectos fundamentais:
– O sofrimento do toxicodependente privado da droga é real.
– A sua compulsão para o consumo permanente salta por cima de qualquer preconceito moral. Ele tem consciência de que mente e engana e isso só lhe agrava os sentimentos de culpa.
– As drogas dão prazer e é a procura incessante desse prazer inicial que o leva a consumir outra e outra vez” (p. 115).

“Contestação:

Um jovem que aceita tudo, que não contesta, que não contrapõe, não está a crescer de uma forma equilibrada. De facto, a sua personalidade estrutura-se justamente pela oposição ao que está estabelecido, pela crença generalizada de que, a partir de si, irá surgir um mundo novo. São os limites que lhe são impostos pela geração dos pais, bem como os seus mitos e valores, que actuam como padrões de referência e os obrigam a colocar-se no meio, a procurar o seu lugar como indivíduos dentro de uma família e de uma comunidade” (p. 124-125).

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“Dificuldades para a cura:

O que é realmente aflitivo na toxicodependência é o facto de raramente o doente assumir que é doente, não se querer tratar, desestabilizar a família e provocar problemas que já não são do foro da saúde mas que envolvem outros pelouros como sejam a polícia, os tribunais e a prisão.
A família, que fica também doente e que normalmente, acaba por se retirar da frente da batalha por se sentir esvaída, sem forças, para continuar a lutar.
A comunidade, que se sente ameaçada pelo toxicodependente (porque mente, rouba, agride e mata) e reage por vezes hostilizando-o” (p. 149).

“Enquanto as famílias não acordarem para esta realidade, os avanços serão sempre poucos. E a realidade é esta: a toxicodependência é uma doença do corpo, do espírito, da família e da sociedade em geral.
Quem a acompanha e quem a trata não podem ser só os médicos, os psicólogos e os psiquiatras, mas as famílias, os professores, os empregados dos cafés e das lojas de bilhar, o treinador do clube, os patrões, os vizinhos do bairro, a cabeleireira, em suma, todos nós. A toxicodependência diz respeito a todos, porque afecta não só o dependente como a família e os amigos, os vizinhos e a comunidade” (p. 150).

“O que se deve dizer ao dependente:

-Gostamos de ti, mas não gostamos daquilo que fazes.
– Não contes connosco, para continuares a consumir droga.
– Conta com a nossa ajuda para te tratares.” (p. 153).

“O toxicodependente só se trata se lhe forem cortadas as alternativas que alimentam a sua toxicodependência” (p. 157).

“O toxicodependente é um ser em profundo sofrimento.
É fundamental que a iniciativa do tratamento pertença ao toxicodependente” (p. 158).

“Se acham que ele está a mentir digam-lho sinceramente. Tentem no entanto, utilizar mensagens «eu». Por exemplo, em vez de lhe dizer que é um aldrabão, digam-lhe a mesma coisa mas de outra forma menos agressiva e que lhe mostre simultaneamente aquilo que estão a sentir:
– Estou muito magoado com as tuas mentiras
– Fico triste com mais essa mentira
Sinto-me desiludida com o teu comportamento”(p. 165).

“Os pais argumentam muitas vezes que mais vale dar dinheiro do que ele ir roubar. É um engano. O toxicodependente sabe ao que se arrisca se roubar. Se quer correr o risco tem de assumir as consequências” (p.166).

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“Muitas famílias atingidas pela toxicodependência já se desagregaram. A realidade diz-nos que, em muitos casos, resiste apenas a mãe que acompanha o filho toxicodependente porque o pai há muito que abandonou a casa e se ilibou das responsabilidades. O inverso também é verdadeiro embora menos frequente” (p. 168).

“Nesta temática é bom estar atento para o facto de que:
«É falsa a crença de que se alguma coisa está mal, o seu contrário deve estar bem» Paul Watzlawick” (p. 199).

“A prevenção primária das toxicodependências não será já uma resposta primária para toda esta problemática?

Primeiro terá de se chegar a um consenso sobre o que é a prevenção específica das toxicodependências. Até agora, o que se tem feito, essencialmente, é uma prevenção inespecífica. É fundamental mudar de atitude e ousar ser inovador. No nosso país, esta postura pode até ser factor de despromoção profissional. Quem ousa inovar, sujeita-se a ser reduzido ao silêncio, ou a ser transformado em motivo de chacota.

Finalmente, enquanto o tratamento dos toxicodependentes não for tomado realmente a sério no nosso país e não se fizer um esforço grande no sentido de pôr termo à indiferença geral e à desenfreada exploração a que algumas organizações sujeitam as famílias que pretendem tratar os toxicodependentes, a prevenção primária será um adorno. Até porque cada toxicodependente arrasta para a droga um número considerável de amigos e colegas. Por outro lado, os consumos, sempre crescentes, tenderão a transformá-lo em mais um traficante” (p. 201).

Tem de haver outros processos, tem de haver outras ciências e especialistas de outras áreas a intervir. Sobretudo, tem de se envolver a sociedade civil num processo que é, afinal, a consequência histórica de uma série de acontecimentos e condicionalismos que as gerações dos actuais avós e pais criaram. A toxicodependência é um fenómeno incómodo, avassalador e, até agora, sem resposta minimamente eficaz. Se reflectirmos sobre o nosso planeta, em que a pessoa vale pelo que tem e não por aquilo que é, em que a competição é condição de acesso, em que o prazer só é prazer na medida em que é total e imediato, facilmente nos apercebermos de que era inevitável que aparecesse” (p. 209).

“Apesar desta descida aos infernos que é a toxicodependência, não perca a esperança. Viver é lutar pelos nossos ideais, mas sempre com os pés bem assentes na terra” (p. 209).

Bibliografia

HAPETIAN, Isabel. (1997). Famílias Entender a Toxicodependência. Verbo. Lisboa.