“Qual seria a sua idade se você não soubesse quantos anos você tem?”
Confúcio
Este texto de hoje, da autoria de Marianne Williamson no seu livro “O Valor de uma Mulher” é claramente um texto motivador, libertador.
Felizes das que o entenderem. Já alguém disse que a idade é apenas um número. Por sua vez, a maturidade é uma escolha. Você pode escolher ter maturidade, que é a mesma coisa que dizer, ter vontade de compreender o mundo que a rodeia e assim tirar partido das circunstâncias. Fuja da mediocridade, torne-se especial.
“Penso que as mulheres são capazes de conquistar o mundo, mas não imediatamente. São precisos anos para que as várias formas do nosso poder se desenvolvam completamente. Temos que concordar e continuar a bater-nos, individualmente e colectivamente, pela ideia de que a vida da mulher tem um novo vigor aos quarenta.
Os franceses dizem que a mulher desabrocha aos quarenta, mas nos Estados Unidos ainda transportamos o fardo da idade, particularmente as mulheres. Lembro-me de ser jovem e ter um aspecto óptimo, como só os jovens têm. Mas sei também que nessa altura desconhecia completamente como conquistar esse lado glorioso que existe em todas as mulheres. Compreendo que algumas jovens consigam. Sabem muito mais do que eu sabia. Mas as mulheres da minha idade e mais velhas que só agora o descobriram, devem continuar a desabrochar infinitamente.
Para mim e para muitas outras mulheres com quarenta e mais anos, só agora é que as peças do puzzle começam a encaixar.
O que as mulheres maduras querem é isto: a boa disposição da nossa juventude, temperada com a experiência de sofrimento dos últimos anos. (…). A experiência espiritual genuína transforma o nosso sofrimento em algo de belo e alivia o peso que carregamos nos nossos corações. Quanto mais avançamos na idade, mais leves nos poderemos sentir. Isso exige sacrifício porque vai contra a mentalidade reinante, mas o objectivo das nossas vidas é exactamente combater a mentalidade reinante.
Tudo está organizado de tal maneira que nos vemos obrigadas a trabalhar arduamente, encontrar por fim a felicidade, gozá-la durante um período de tempo relativamente curto, envelhecer e depois morrer.
Ou lutamos em defesa de uma atitude mais aberta em relação à idade e ao envelhecimento, ou então aquilo que pretendemos alcançar reduzir-se-à, na melhor das hipóteses, a resultados ironicamente cruéis face aos nossos desmedidos esforços.
Imaginemos que a vida de uma mulher melhora à medida que os anos vão avançando. A idade não é necessariamente uma coisa má. Na verdade, pode mesmo ser uma coisa esplêndida, se assumirmos seriamente as nossas vidas espirituais.
Quando tínhamos vinte e trinta anos, preocupávamo-nos muito com a opinião dos outros, mesmo que de forma inconsciente. Durante essas duas décadas tentámos viver em função da cabeça dos outros. Por volta dos quarenta, começamos a pensar que os outros ou gostam ou não gostam de nós,
que os outros também têm telhados de vidro,
graças a Deus,
e que controlamos muito pouco o pensamento das outras pessoas.
As outras pessoas também não deviam controlar tanto o nosso pensamento.
Se uma mulher quer fazer uma lifting facial, deve fazê-lo. «O que deves… e o que não deves fazer» já foi demasiadamente repetido. O facto de uma mulher tomar hormonas, fazer uma plástica, querer admitir a idade que tem, ou querer falar da menopausa é um problema que só a ela diz respeito e a mais ninguém. (…). Quaisquer que sejam os resultados da nossa luta por uma consciência mais aberta, deixem-nos gozá-los e deixem-nos existir. O que se passa dentro de nós é importante, tudo o resto é fachada e como tal deve ser tratado.
(…).
Não olhem para o marido, para o amante, para os filhos, para o emprego, para o dinheiro ou para o vosso terapeuta à espera que eles vos façam felizes. Não é essa a função deles, nem sequer têm capacidade para isso. Olhem para dentro de vós mesmas (…)
e assumam a responsabilidade pelo vosso próprio estado de espírito.
As mulheres podem ser mestras da programação negativa. Estamos constantemente a dizer a nós próprias o que está mal: o aspecto, o cabelo, a relação, o emprego, o tempo, o comportamento dos outros. Por vezes fazemos isso porque temos razões legítimas para o fazer.
Outras vezes criticamos porque nos dá na cabeça.
Cada vez que estamos a fazer isso, seja porque razão for, estamos a atacar-nos a nós próprias. Estamos a programar o nosso subconsciente (a parte da mente que ouve e reproduz o que lhe dizemos) no sentido de produzir a vida que descrevemos. E eis então que, graças aos nossos poderes mágicos, acordamos no dia seguinte com uma vida nova, ainda mais negativa do que a anterior.
(…).
Parem de se sentir inferiores, isso não interessa a ninguém. É um jogo doentio. É uma mentalidade ultrapassada e prejudicial para o planeta. Acabem com isso. Entrem no castelo” (Williamson, 1993: 43-50).
Mário Quintana – A idade de ser Feliz
“Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época da vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-los a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.
Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo nem culpa de sentir prazer.
Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores sem preconceito nem pudor.
Tempo de entusiasmo e coragem em que todo desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO, e quantas vezes for preciso.
Esta idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e tem a duração do instante que passa.”
Bibliografia
WILLIAMSON, Marianne. (1993). O Valor de uma Mulher. Editora Rocco, Lda. Rio de Janeiro. 43-50.