Tenha amor próprio – seja você!

Publicado por: Milu  :  Categoria: PARA PENSAR, Tenha amor próprio...

Thinking-Man

“Esperar que a vida te trate bem porque és uma boa pessoa, é como esperar que um touro não te ataque porque és vegetariano”

Dennis Wholey

 

Há muito tempo que venho constatando de um traço da minha personalidade, que é a tendência para  me colocar no outro lado da barricada em muitas das discussões das quais fiz parte. E isso acontece porque sei reconhecer que as pessoas, quando juntas e influenciadas umas pelas outras, tendem a concordar com o mesmo pressuposto. Ainda que ele esteja errado ou desajustado.

O conformismo é um exemplo de influência social, que define o comportamento de um indivíduo ou grupo. Assim, o conformismo de uma pessoa será tanto maior quanto maior for a sua dependência em relação ao grupo. Se esse grupo for particularmente atraente, a pessoa é levada a envidar todos os esforços para se integrar nele. Tenderá, por conseguinte, a uniformizar-se ao grupo. Contudo, é imperioso ter em linha de conta, que quando essa pessoa está de novo sozinha, de alguma forma retornará à origem (conforme as situações, pode tornar-se mais sensata, pensa mais e melhor). É por isso que se verifica que determinadas pessoas apresentam comportamentos diferentes consoante estejam em grupo ou sozinhas.

Vistas bem as coisas, não é fácil ficar sozinho, não é arcaboiço de todos, por assim dizer. Quando num grupo a maior parte dos elementos defende um determinado ponto de vista, até aquele que pensa completamente o oposto é levado a concordar só para não sofrer a condenação, a rejeição, ou seja,  o peso da oposição do grupo. Estas situações são muito frequentes, quer no ambiente de trabalho, quer de escola, etc.

Pois, mas é precisamente o contrário que faz o meu género. Pouco me incomoda o peso da oposição dos outros. Preocupo-me sim em defender as minhas convicções. E faço-o sem medos das consequências. No dia em que deixar de assim proceder perdi a alma. Deixarei de ser eu.

Mas eu não quero deixar de ser uma pessoa por inteiro, genuína, com identidade!…

Posto isto, são muitas as vezes em que me coloco à parte do monte. E como sou uma feroz adversária da figura do politicamente correcto, essa atitude é-me extremamente fácil, compensadora, até. Quanto todos se juntam num molho a defender o  mesmo ponto de vista, de imediato fico desconfiada da validade do argumento ou da premissa. Tenho, por isso,  a ligeireza e  cuidado em  sair dele, porque quase sempre o dissidente é aquele que tem razão. O grupo cega, pelo contrário, o estar sozinho dá espaço para pensar. É esta a grande diferença.

Eis que ao ler um trecho do livro “A Sociedade Invisível” da autoria de Daniel Innerarity, doutorado em Filosofia e Professor de História da Filosofia na Universidade de Zaragoza, ainda senti mais motivação e coragem para continuar a ser quem sou. É tudo uma questão de perceber como  funciona o grupo e a influência social.

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E, mais uma vez, vou utilizar o método de Michel Montaigne, quando pretendia dizer certas coisas que presumia que iriam ser contestadas – falar pela boca dos outros – pela boca das autoridades:

“A tarefa intelectual não tem qualquer justificação que não seja a ruptura daquela previsibilidade que converte os discursos públicos numa coisa tão maquinal e evidente que não nos serve para compreender absolutamente nada.

Quando só se diz o que era de esperar, o que é concreto e adaptado à opinião dominante, nada se traz no momento em que se procura entender a realidade social. E essa inautenticidade desperta a suspeita de que a verdade deve ser buscada precisamente fora da unanimidade, do linchamento e da adulação que governam a opinião pública, num lugar não dominado pelos argumentos de oportunidade ou pelas reacções concertadas do politicamente correcto, num lugar em que as coisas ditas tenham sido realmente pensadas(Innerarity, 2009: 16).

Bibliografia

INNERARITY, Daniel. (2009). A Sociedade Invisível. Teorema. Lisboa. p. 16.

O olhar que não vê

Publicado por: Milu  :  Categoria: O olhar que não vê, PARA PENSAR

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“Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor.”

Paulo Freire

 

Para os mais atentos, não tem passado despercebido, que são cada vez mais as vozes que se alteiam para afirmar, categoricamente, da necessidade de uma revolução na educação escolar. Em primeiro lugar porque se tornou por demais evidente, que  uma escola regida pelo modelo cartesiano, que tão bem serviu às necessidades surgidas da Revolução Industrial, não se adequa às demandas da sociedade contemporânea, palco de transformações sociais causadas pela  globalização e progressos tecnológicos.

Mudar a estrutura da escola e a sua forma de ensino é, por conseguinte, uma urgência que se impõe. A mudança, a grande mudança, verificar-se-á, certamente, quando os alunos gostarem tanto, ou mais, de estar na escola do que na sua própria casa.

É indecente que a escola continue a lidar com as crianças e jovens como se todos fossem iguais, como se todos tivessem o mesmo ritmo de aprendizagem, como se todos tivessem as mesmas aptidões, as mesmas motivações e apetências.

A este propósito concordo plenamente com  o psicólogo e psicanalista, Eduardo Sá, quando afirma que ““É estranho que não se acarinhe o erro, porque uma criança que não pode livremente errar ganha uma imunodeficiência adquirida ao erro e à dor”. O que tem como consequência, advertiu, “tornarem-se competitivos e presunçosos, quando diante do conhecimento deviam ser rebeldes”.

É indecente que algumas escolas continuem a ter o chamado “quadro de honra” que fomenta a competição ao invés de incentivar a cooperação entre os alunos. Acaso a competição é saudável??

Não seria mais bonito, mais proveitoso, a escola  ensinar aos alunos que apreenderam melhor as matérias, ou uma determinada matéria, a darem a mão ao colega que ficou para trás, em vez de cada um fazer por si, como agora se ensina e privilegia, ou de se arvorarem em mais inteligentes do que os outros (eu é que sou o maior)?  Não seria este espírito de inter-ajuda mais construtivo e por isso formador de consciências verdadeiramente  solidárias?

Mais ainda: o aluno que figura no quadro de honra  nem sempre é o mais capacitado, mas aquele que teve acesso a mais e melhores recursos. Como exemplo temos os filhos de pais de classe média, que por reconhecerem a importância dos estudos, se empenham em esforços para facultarem aos filhos todos os materiais necessários para uma boa aprendizagem, incluindo a contratação de professores explicadores.

Ao contrário destes, existem os outros alunos, que para além de não lhes terem sido  proporcionadas todas estas vantagens, ainda têm de ajudar os pais, quer nos trabalhos domésticos, quer cuidando de um irmão ou irmãos mais novos. Uma criança nestas condições é penalizada de todas as maneiras: por não ter os mesmos recursos de outros alunos não consegue optimizar o seu trabalho, e a escola que permanece cega a estas situações não valoriza devidamente os esforços destes alunos. Assim, estes desafortunados alunos nunca terão a surpresa de ver o seu nome figurar no “quadro de honra”. Para todos os efeitos, e se bem vistas as coisas, serão então “os sem honra”, permitam-me a figura de retórica…

É indecente que ainda se continue a avaliar os conhecimentos adquiridos pelo aluno através dos tradicionais e dinossauricos testes, sabendo-se que o copianço está transformado numa instituição. Assim, premeia-se o mais esperto. Assim, fomenta-se desde tenra idade a tendência para o chico espertismo. Muitos destes alunos obtêm com estas “artes”  nota suficiente para irem passando as disciplinas. Já os  mais habilidosos conseguem o artifício de obter notas francamente elevadas. Visto por este prisma, não nos podemos alhear da evidência de que o teste é um convite para a desonestidade. Por outro lado, o aluno que não copiou, sujeita-se não só a obter uma nota mais humilde, mas também, ironia das ironias, a ser olhado pelos seus pares como um pobre tanso. E é com este quadro de valores que as crianças e jovens têm vindo a ser educadas para a vida.

Infelizmente não estou a exagerar.  Para atestar de que o acto de copiar durante as provas ou testes é algo corriqueiro, temos um caso que foi bastante badalado nos jornais nacionais. Quando o copianço é o modus operandi desta elite… o que se há de esperar da ralé, por assim dizer. E desengane-se quem pensa que  foi apenas um acidente de percurso… ou uma vez sem exemplo. Podem ter a certeza de que para estes excelsos indivíduos, esta forma de se comportar nos testes se vem arrastando desde os primeiros bancos de escola. Porque só o hábito dá lugar ao descaramento.

“Indícios de que a maioria dos 137 auditores que estão no Centro de Estudos Judiciários (CEJ) a formarem-se para serem juízes ou procuradores copiaram num teste levou à anulação do exame. Face à impossibilidade de encontrar uma data para repetir o teste, a direcção da instituição decidiu anulá-lo e atribuir nota 10 a todos os futuros magistrados.”

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Para melhor elucidar os meus leitores sobre o quanto a escola deve ser alterada, posto aqui um vídeo do professor José Pacheco. Todo ele foi uma delícia para os meus ouvidos. Todo ele vem de encontro aos meus pensamentos, às minhas ideias. Peço-vos para repararem  nos  momentos finais do vídeo, com o professor a contar-nos a história da mosca e a lição que nela está contida, ou seja: nada, nada, é definitivo. Tudo, tudo, pode ser posto em causa. Tudo pode ser contestado. E devemos fazê-lo. E, já agora, fazer outra coisa deveras importante:

  • parar para pensar.

 

Mas,  ao jeito de complemento do discurso de José Pacheco, a minha chamada de atenção para a rábula da mosca tem uma finalidade especial… Referir mais uma vez o sempre meu,

eternamente meu,

José Saramago.

Que também nos conta sobre a mosca doméstica, em termos ligeiramente diferentes, mas com o mesmo espírito. Ei-lo, José Saramago:

“Aqui, neste escritório onde a verdade não pode ser mais do que uma cara sobreposta às infinitas máscaras variantes, estão os costumados  dicionários da língua e vocabulários, os Morais e Aurélios, os Morenos e Torrinhas, algumas gramáticas, o Manual do Perfeito Revisor, vademeco de ofício, mas também estão as histórias da Arte, do Mundo em geral, dos Romanos, dos Persas, dos Gregos, dos Chineses, dos Árabes, dos Eslavos, dos Portugueses, enfim, de quase tudo o que é povo e nação particular, e as histórias da Ciência, das Literaturas, da Música, das Religiões, da Filosofia, das Civilizações, o Larousse pequeno, o Quillet resumido, o Robert conciso, a Enciclopédia Política, a Luso-Brasileira, a Britânica, incompleta, o Dicionário de História e Geografia, um Atlas Universal destas matérias, o de João Soares, antigo, os Anuários Históricos, o Dicionário dos Contemporâneos, a Biografia Universal, o Manual do Livreiro, o Dicionário da Fábula, a Biografia Mitológica, a Biblioteca Lusitana, o Dicionário de Geografia Comparada, Antiga, Medieval e Moderna, o Atlas Histórico dos Estudos Contemporâneos, o Dicionário Geral das Letras, das Belas-Artes e das Ciências Morais e Políticas, e, para terminar, não o inventário geral, mas o que mais à vista está, o Dicionário Geral de Biografia e de História, de Mitologia, de Geografia Antiga e Moderna, das Antiguidades e das Instituições Gregas, Romanas, Francesas e Estrangeiras, sem esquecer o Dicionário de Raridades, Inverosimilhanças e Curiosidades, onde, admirável coincidência que vem a matar neste aventuroso relato, se dá como exemplo de erro a afirmação do sábio Aristóteles de que a mosca doméstica comum tem quatro patas, redução aritmética que os autores seguintes vieram repetindo por séculos e séculos, quando já as crianças sabiam, por crueldade e experimentação, que são seis as patas da mosca, pois desde Aristóteles as vinham arrancando, voluptuosamente contando, uma, duas, três, quatro, cinco, seis, mas essas mesmas crianças, quando cresciam e iam ler o sábio grego, diziam umas para as outras, A mosca tem quatro patas, tanto pode a autoridade magistral, tanto sofre a verdade com a lição dela que sempre nos vão dando” (Saramago, 1989: 26-27).

Grandioso! Grande Saramago. Grande a tua verdade: Porque é tão difícil vermos o que está à vista?

“(…) mas essas mesmas crianças, quando cresciam e iam ler o sábio grego, diziam umas para as outras, A mosca tem quatro patas, tanto pode a autoridade magistral, tanto sofre a verdade com a lição dela que sempre nos vão dando.”

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Bibliografia

SARAMAGO, José. (1989). História do Cerco de Lisboa. Caminho. Lisboa. pp. 26-27.

A ponta do véu

Publicado por: Milu  :  Categoria: A ponta do véu, TERRORISMO

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A história do falhanço (e má fé) dos Estados Unidos e seus aliados na gestão dos conflitos no Médio Oriente. Um excerto do livro da autoria do actual correspondente do The Independent no Médio Oriente, Patrick Cockburn,  intitulado O Novo Estado Islâmico”, que apresenta como subtítulos “Quem está por trás da maior ameaça mundial e Saiba como está a nascer o novo terrorismo, como se fortalece de dia para dia e porque estamos em perigo”.

“A ASCENSÃO DO EIIL (Estado Islâmico do Iraque e do Levante) “

“No verão de 2014, ao longo de cem dias, o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) transformou o panorama político do Médio Oriente. Combatentes jihadistas combinaram fanatismo religioso e perícia militar para alcançar vitórias assombrosas e inesperadas contra forças iraquianas, sírias e curdas” (p. 13).

(…)

“Atualmente, movimentos semelhantes à al-Qaeda governam uma área vasta no Norte e Oeste do Iraque e no Norte e Leste da Síria. A área sob seu controlo é várias centenas de vezes maior que qualquer território alguma vez controlado por Osama bin Laden. Foi desde a morte de bin Laden que organizações afiliadas ou clones da al-Qaeda conheceram os seus maiores sucessos, incluindo a captura de Raqqa, no Leste da Síria, a única capital provincial nesse país a cair nas mãos dos rebeldes em março de 2013. Em janeiro de 2014, o EIIL, conquistou Fallujah, a apenas sessenta e quatro quilómetros a oeste de Bagdade, uma cidade que tinha sido celebremente cercada e invadida por fuzileiros americanos meros dez anos antes.

Em poucos meses, conquistaram também Mosul e Tikrit. A linha da frente continua a mudar, mas a expansão generalizada do seu poder será difícil de inverter. Com o seu ataque rápido e em várias frentes contra o Norte e o Centro do Iraque em junho de 2014, os militantes de EIIL, superaram a al-Qaeda como o mais poderoso e eficiente grupo jihadista no mundo.

Estes desenvolvimentos chocaram muitos no Ocidente, incluindo políticos e comentadores cuja percepção do que acontecia parecia frequentemente não conseguir acompanhar a velocidade dos acontecimentos. Um motivo para isto terá sido o facto de ser demasiado arriscado para jornalistas e observadores externos visitar as áreas de operação do EIIL, pelo perigo extremo de rapto ou morte. «Quem costumava proteger a imprensa internacional já não consegue proteger-se a si  mesmo», relatou-me um correspondente intrépido como explicação para a sua recusa em regressar à Síria controlada pelos rebeldes. Esta falta de cobertura foi conveniente para o governo dos Estados Unidos e de outros países ocidentais porque lhes permitiu desviar a atenção do fracasso catastrófico da «guerra contra o terror» nos anos que se passaram desde o 11 de Setembro.

Este fracasso foi camuflado também graças a erros de interpretação reais ou simulados pelos governos. Falando em West Point sobre o papel da América no mundo, a 28 de maio de 2014, o presidente Obama referiu que a principal ameaça aos Estados Unidos deixara de vir de uma al-Qaeda centralizada, para ser substituída nesse papel por «grupos extremistas descentralizados afiliados à al-Qaeda, muitos com agendas centradas nos países em que operam». Acrescentou que «enquanto a guerra na Síria ultrapassa as fronteiras do país, vai aumentando a capacidade militar que grupos extremistas com experiência de combate poderão usar contra nós».

Isto corresponde à verdade, mas a solução de Obama para este perigo era, como disse na mesma ocasião, «aumentar o apoio aos elementos da oposição síria que constituam a melhor alternativa aos terroristas». Em junho, pedia quinhentos milhões de dólares ao Congresso para treinar e equipar elementos da oposição síria «adequadamente aprovados». É aqui que encontramos o verdadeiro intuito de enganar a opinião pública porque, como Biden (vice presidente americano) foi forçado a admitir cinco meses mais tarde, a oposição militarizada síria é dominada pelo EIIL, e pela Jabhat al-Nusra (JAN), os representantes oficiais da al- Qaeda, além de outros grupos jihadistas.

A verdade é que nada isola estes grupos dos aliados americanos supostamente moderados. Um operacional dos serviços secretos num país do Médio Oriente vizinho da Síria relatou-me que os membros do EIIL «ficam sempre muito satisfeitos quando são enviadas armas sofisticadas a qualquer grupo que se oponha a Assad porque poderão sempre obter esse armamento através de ameaças de violência ou de pagamentos em dinheiro».

Não se trata de afirmações vãs. As armas fornecidas por aliados americanos como a Arábia Saudita e o Qatar às forças anti-Assad na Síria têm sido regularmente capturadas no Iraque.

(…).

O fracasso da «guerra contra o terror» e o novo vigor da al-Qaeda explicam-se por um novo fenómeno que se tornou aparente horas após os ataques do 11 de Setembro. Os primeiros passos dados por Washington deixaram claro que a guerra  contra o terrorismo seria travada sem qualquer confronto com a Arábia Saudita ou o Paquistão, dois aliados americanos importantes, mesmo que o 11 de Setembro dificilmente tivesse acontecido sem o envolvimento destes dois países. Dos dezanove piratas aéreos que agiram nesse dia, quinze eram sauditas. Bin Laden pertencia à elite do país. Documentos oficiais americanos posteriores repetiram até à exaustão que o financiamento da al-Qaeda e dos grupos jihadistas vinha da Arábia Saudita e das monarquias do Golfo.

Quanto ao Paquistão, o seu exército e serviços secretos desempenharam um papel central na ascensão dos talibãs ao poder no Afeganistão na década de noventa, onde passaram a albergar  bin Laden e a al-Qaeda. Após uma breve pausa na sequência do 11 de setembro, o Paquistão retomou o seu apoio aos talibãs afegãos.

A propósito do papel central do Paquistão no apoio aos talibãs, o falecido Richard C. Holbrooke, enviado especial dos Estados Unidos ao Afeganistão e Paquistão, disse: «É possível que enfrentemos o inimigo errado no país errado».”

Bibliografia

COCKBURN, Patrick. (2014). O Novo Estado Islâmico. Self – Desenvolvimento Pessoal Editora. Carcavelos. pp. 25-28.