Séries Televisivas
O blog Caixa de Pregos lançou-me o desafio para enumerar as séries de TV que, porventura eu tenha seguido.
Não posso dizer, com verdade, que tenha seguido fielmente algumas das séries que irei referir. Às vezes via, e até gostava! Mas nunca tinha a certeza se veria o próximo episódio. E digo isto por duas razões. A primeira, porque nos meus tempos de criança nem sequer tinha televisão. Costumava ir para casa de vizinhos, deambulava por ali nas redondezas à espera que me convidassem ou me pedissem para fazer um qualquer recado, ocasião que eu aproveitava para, como quem não quer a coisa, sorrateiramente enfiar-me em casa de cada um e assim grudar-me à televisão, que só abandonava quando me diziam que já era muito tarde, que devia ir para casa, que os meus pais poderiam estar preocupados, porque talvez não soubessem onde me encontrava e todo um palavreado que a mim não me dizia absolutamente nada, queria lá saber de preocupações, pois não era eu uma criança?
A segunda razão prende-se com o facto de que, quando na minha casa entrou uma televisão, um velho trambolho já com muitos anos de uso, que a minha mãe comprou devido à insistência do meu irmão mais novo, que se desunhou em argumentos e choradeiras até a convencer a comprar tal relíquia, para mim, contudo, já veio tarde, numa idade em que abundavam as solicitações para divertimentos bem mais empolgantes! Tinha demasiada energia, para ficar sentada defronte de um televisor. No Inverno ainda vá! Com frio e chuva não tinha muito por onde escolher, para entreter o tempo pouco mais me restava além de ver televisão! Mais tarde, esta foi substituída por outra menos velha, mas ainda assim em segunda mão! Aos poucos foi-se progredindo até ser comprada uma televisão nova, a estrear! Já não era sem tempo! Actualmente apenas vejo televisão esporádicamente, quando estou na sala de espera do dentista, do médico ou noutro qualquer lugar, onde é suposto correr o risco de apanhar uma seca! Em casa vejo quando o meu filho se lembra de a ligar, coisa rara! Cá em casa domina a Internet…
As séries das quais me recordo de mais ou menos ter seguido foram:
Bonanza – Sandokan – Casei com uma Feiticeira – Gabriela – Heidi – Espaço 1999 – Dallas – O Bem-Amado – Columbo – Os Marretas – A Batalha Final – A Banqueira do Povo – MacGyver – Os Simpsons – Duarte & Companhia – Inspector Max.
Bonanza foi a primeira série da qual fui vendo alguns episódios. Era uma série americana de cowboyada. Na escola havia o costume de comentarmos alguns detalhes do último episódio visionado, como nem sempre tinha hipótese de ver a série por não ter televisão, ficava calada a ouvir atentamente os primeiros comentários, mais tarde, depois de devidamente a par das peripécias ocorridas, também eu discutia entusiasticamente os pormenores como se tivesse visto. Cada um que se desenrasque, o que não queria era dar a entender que não tinha televisão! Tinha cá os meus pruridos!
Adorei ver a série ou telenovela Bem-Amado, pelas cenas hilariantes em que era dado um especial enfoque nas relações entre a igreja e o poder político, uma ao serviço da outra!
Inspector Max foi a última série que acompanhei regularmente, de então para cá fui desenvolvendo outros hábitos, adquiri novos interesses, que não passam pela televisão, até mais ver!…
E porque recordar é viver, eis algumas imagens das referidas séries.
Bonanza
Sandokan
Casei com uma Feiticeira
Gabriela
Heidi
Espaço 1999
Dallas
Bem-Amado
Columbo
Os Marretas
A Batalha Final
A Banqueira do Povo
MacGyver
Os Simpsons
Duarte & Companhia
Inspector Max
Maio 31st, 2009 as 20:49
-Vi a maioria, nunca fui grande apreciador do Duarte e Cª, e apenas o inspector Max não terei visto um único episódio, desconhecendo do que se trata. Do McGyver francamente não gostei, e pouco vi.
Maio 31st, 2009 as 21:33
Olá António Almeida
O Inspector Max é uma série televisiva que foi criada por Virgílio Castelo e pelas Produções Fictícias. A história baseia-se num cão, o Max.
Quanto a mim valeu a pena ter visto a série Inspector Max, principalmente para poder apreciar a majestosa representação de alguns dos seus actores. Até os mais novos deram uma bela prestação! Confesso que por vezes me senti deliciada com tão bom trabalho! A série McGyver causava-me sempre alguma expectativa, pois o actor não usava armas, apenas se servia do conhecimento científico. Considerei-a bastante diferente das demais, onde só se vêem pistolas! Quanto à série Duarte e Companhia dava para rir e, claro, foi mais uma oportunidade para me encantar com o primoroso trabalho dos nossos belos actores, que os temos! 😀
Junho 1st, 2009 as 18:07
bom esforço… e na televisão sou selectivo.
abraço
Junho 1st, 2009 as 18:47
Eu não vi a Gabriela porque estava a estudar à noite, mas não perdi o Bem Amado. Bonanza até vi com os actores dobrados em castelhano e, claro, Colombo, Espaço 1999, Star Treck, MacGyver, etc. Hoje só vejo séries em que os episódios sejam independentes.
Junho 2nd, 2009 as 5:44
Martelo,
A televisão também tem programas que valem a pena ver, e que eu não devia perder. O problema é que não tenho o hábito de a ligar! Assim se vai passando o tempo sem que veja televisão!
Um abraço.
Junho 2nd, 2009 as 5:58
Lino,
tenho a certeza de que vi alguns episódios de outras séries, mas não me lembro do nome delas, talvez porque só as via por mero acaso. A série Star Treck não tenho a mínima ideia do que seja. A Banqueira do Povo foi das que mais gostei. Quando terminou, tive pena e saudades, era como se aquelas pessoas fossem já da família!
Junho 2nd, 2009 as 18:22
Também não sou muito de ver televisão e tal como tu o pc está sempre ligado cá em casa mas, em miuda lembro-me de ver a série Bonanza,Casei com uma Feiticeira,a 1ª e talvez unica telenovela que acompanhei do principio ao fm foi a Gabriela cravo e canela e mais recentemente via bastantes vezes o MacGyver. Agora só mesmo o noticiário enquanto faço o jantar…enfim hábitos.
Beijinhos
Junho 2nd, 2009 as 18:57
Star Trek? Em Portugal chamava-se O Caminho das Estrelas, passava-se na nave Enterprise, mais rápida do que a luz, e era aquela com o capitão Kirk e o vulcano das orelhas grandes Mr. Spock, onde havia teletransporte e tudo.
Junho 2nd, 2009 as 19:05
Olá Lilás!
Houve uma altura em que tive uma televisão na cozinha, então, enquanto fazia determinadas coisas ia vendo alguma coisa. Mais tarde mudei a televisão para o meu quarto e, agora, não a ligo, porque gosto muito mais de ler.
Um beijinho.
Junho 2nd, 2009 as 21:44
Já lá vai o tempo das nossas séries televisivas! Agora temos uma série de televisões e televisores para nada! Valha-nos a blogosfera!
Um abraço meo
Junho 3rd, 2009 as 4:32
Lino
Já sei qual é a série! Lembrei-me por causa das orelhas grandes. Também vi alguns episódios e gostava bastante! 😀
Junho 3rd, 2009 as 4:40
Pata Negra
É verdade! Temos televisões demais. Eu tenho três, uma está no quarto do meu filho, outra no meu e outra na sala. Afinal de pouco servem e também prefiro a blogosfera, sem dúvida!
Um abraço.
Junho 3rd, 2009 as 18:03
Querida Milu
Desafio interessante esse que levou a que elaborasses um agradável post de memórias televisivas… e não só.
E é neste “…não só” que gostaria de centrar este meu modesto comentário, pois escreveste aqui um maravilhoso conto de vida, onde podemos avaliar esses teus tempos de criança (eu diria “nossos”, pois vivi-os em contemporaniedade) em que conheciamos (…e sentiamos) o valor de tudo…
Fiquei encantado com este retorno aos finais dos anos cinquenta e o caminhar nos empolgantes anos sessenta do século passado.
Beijinho.
Junho 4th, 2009 as 6:17
Olá Vicktor.
Naqueles tempos era assim para muitos de nós. Vivia-se com o essencial! Não terei saudades desse tempo, mas hoje o tanto que temos, parece que nunca nos chega.
Um beijinho.
Junho 4th, 2009 as 20:56
Curioso. Também me lembro de ter visto todas as séries aqui referidas. Como na altura não dispunha-mos doutros recursos nomeadamente deste não tinha-mos muitas alternativas para o nosso entretenimento. Mas felizmente hoje dispomos e por isso deixei de ver séries televisivas ou melhor muito pouca televisão consigo ver. Não deixo no entanto de realçar a sua paciência no sentido de ilustrar tudo quanto em matéria de séries de televisão foram por si vistas. Quando se empenha minha amiga o resultado salta à vista.
Junho 5th, 2009 as 10:50
Fiquei estupefacto com informação tão pormenorizada sobre essas séries televisivas de há tantos anos!
Também acompanhei a maior parte delas, com as naturais falhas de, nem sempre se poder estar defronte da televisão.
Gostei de recordar esses momentos… outros tempos…
Junho 5th, 2009 as 16:03
Olá Raul!
É verdade o que disse acerca do meu empenho, sou mesmo assim! Procuro imprimir o meu cunho pessoal nas coisas que faço e, ao mesmo tempo, fazê-lo com gosto, ou então, mais vale não as fazer! Aldrabices e coisas feitas em cima do joelho, às três pancadas, não é comigo! Mas, se me perguntar se eu penso que podia fazer melhor, digo-lhe que sim, porque também não sou perfeccionista, nem ninguém aplica cem por cento das suas capacidades. É sempre possível ir mais além, mas aí já não alinho, não fosse todo esse esforço transformar-se numa tara! 😀
Junho 5th, 2009 as 16:08
Olá António!
Na minha meninice bem que podia estar defronte da televisão – se a tivesse! Ainda hoje sinto cá esse vazio! Teria sido tão bom e importante para mim, porque precisava de conhecer mais, talvez por isso, pela necessidade de conhecer e sonhar, tenha tão cedo enveredado pela leitura! É caso para dizer – quem não tem cão, caça com gato! 😀
Junho 7th, 2009 as 10:46
Estou fazendo uma campanha de doações para meu projeto da minibiblioteca comunitária e outras atividades para crianças e adolescentes na minha comunidade carente aqui no Rio de Janeiro,preciso da ajuda de todas as pessoas de bom coração,pode doar de 5,00 a 20,00.Doações no Banco do Brasil agencia 3082-1 conta 9.799-3 Que DEUS abençõe todos nos.Meu e-mail asilvareis10@gmail.com
Junho 10th, 2009 as 23:12
Gabriela e O Bem Amado são telenovelas brasileiras, não? Das séries norte-americanas que enumerou, a única que não perdi sequer um episódio foi Columbo.
Um beijo!
Junho 11th, 2009 as 11:51
Oliver,
Gabriela e O Bem Amado são telenovelas brasileiras. Houve uma fase da minha vida em que vi telenovelas brasileiras e até gostava. Algumas telenovelas brasileiras destacaram-se pela sua função social, ou seja, muitas vezes através das personagens fizeram uma crítica aos costumes da sociedade brasileira.Recordo-me de uma que fazia uma crítica ao racismo, mostrando uma empregada doméstica, talvez a cozinheira, que não apoiava o casamento entre o filho do patrão que era branco e uma moça de raça preta, ela mesma, a cozinheira, era preta, logo aqui se pretendia demonstrar que o racismo existe mesmo no seio da raça preta, por isso, com que legitimidade se queixam dos brancos?
Um beijo.
Agosto 25th, 2009 as 14:28
Passando por aqui, um pouco a destempo, não resisto sem contar:
Há para aí 4 anos, com a mania dos monos do passado, comprei um televisor embutido num móvel muito parecido com este. Disseram-me que o equipamento funcionava. Apenas teria que arranjar umas lâmpadas/válvulas compatíveis num sucateiro e, pronto! Poderia ver essas séries do Bonanza, etc, num televisor genuíno, à moda da época. Entusiasmado, mandei-o carregar. Pesava que nem um “burro”! Não descansei enquanto não consegui arranjar as tais válvulas antigas. A verdade é que aquilo apenas fazia barulho e nunca deu imagem! Peguei num machado e numa marreta…o resto, adivinhem.
Nunca mais!
Não me queixei.
Fiquei com um remorso de parvo. É mais ou menos aquela sensação de ouvir o sr Scolari a matraquilhar nos meus ouvidos: “E o burro sou eu?!”
Agosto 25th, 2009 as 16:16
Olá José Pinto,
Ri-me com esta sua história porque eu, habitualmente, também assim procedo. Quando uma coisa me incomoda, zás, marteladas para cima, ao menos em morrendo o bicho acaba-se a peçonha! 😀
Pois a minha primeira televisão era um trambolho tão velho e feio que se antes tinha vergonha, isto é, os meus pruridos por não ter televisão, visto que na altura, já todos tinham e eu não, e nisto do infortúnio ninguém quer ser sozinho, depois, vergonha tinha, se alguém a visse. Era uma peça digna de um museu! A minha mãe é que se habitou a ver aquelas coisitas que então passavam na televisão e assim que esta deu o berro, a compra de outra não se fez esperar. E já era um bocadinho menos feia. É como tudo na vida. Vai-se progredindo, aos poucos! 😀
Um abraço.